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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Com a criação do Instituto de Cultura Hispânica e a sua eficiente obra de intercâmbio; a instituição,<br />

em nossas Faculdades de Filosofia e Letras, da cadeira de estudos e literatura hispano-americana; a<br />

organização anual do Curso de Cultura Hispânica, pela Divisão da Educação Extra-Escolar do<br />

Ministério da Educação e Cultura e a experiência já bem alicerçada dos adidos culturais, há<br />

esperanças de que tomem novo alento aquelas oportunas e utilíssimas pesquisas, de toda necessidade<br />

para a história e cultura hispano-brasileira (Pinto do Carmo, 1959: 18).<br />

Em A literatura oral e a dança em seus primórdios, o seguinte capítulo, Pinto do<br />

Carmo refere-se ao substrato cultural ibérico como a “matéria prima” da literatura oral<br />

cabocla. Dentro desse substrato estava, é claro, o componente espanhol desde o início da<br />

colonização, o qual influenciou a música brasileira mediante, segundo Pinto do Carmo<br />

(1959: 19), “boleros, fandangos (denominação que engloba a malaguenha, granadinas e<br />

marcinas) e as tiranas, estas últimas ouvidas com agrado e interesse, inclusive pelos<br />

silvícolas, embevecidos com novos sons”.<br />

A partir de referências bibliográficas sobre trabalhos de Martins de Oliveira, Pedro<br />

Calmon, Mariza Lira e Adolfo Morales de los Rios Filho, o autor também remete à<br />

literatura oral castelhana para explicar a origem dos bailes pastoris – das pastorinhas – do<br />

Brasil. Além disso, a influência dessa literatura, e do teatro popular, da música e das danças<br />

da Espanha, é observada por Pinto do Carmo nas “cheganças” (denominadas também<br />

funcionamiento de los distintos centros de enseñanza militar de ese país de nombre legendario, y a la vez de<br />

realidades inmediatas, que es el Brasil. No ha pretendido, pues, escribir un libro de lucimiento personal, sino,<br />

simplemente, llenar una necesidad informativa apremiante”. Liaño dividiu o livro em quatro capítulos: El<br />

clima; La enseñanza en el Ejército de tierra; La enseñanza en la Armada e La enseñanza en las Fuerzas<br />

Aéreas. No primeiro capítulo – El clima –, ao se referir a El Medio introduz a única consideração sobre os<br />

imigrantes de todo o livro. Consiste na asseveração da importância que tiveram esses estrangeiros para o<br />

branqueamento da população: “Doblada su población en los últimos veinte años, alcanza hoy la cifra de<br />

50.000.000 da habitantes, que, depurándose paulatinamente de las mezclas originadas por las distintas razas<br />

de emigrantes llegadas a su territorio, adquiere rápidamente el color blanco” (Liaño, 1952: 14). O parecer<br />

geral do autor é favorável a respeito da organização e das táticas das forças armadas, capacitadas “para variar<br />

con los incesantes adelantos de la ciencia y de la industria”. Assim, no epílogo conclui que deve ser elogiado<br />

“el espíritu de coperación existente entre las tres grandes organizaciones” dessas forças, cuja convergência<br />

“no crea la subordinación de unos Ejércitos a otros, sino la de todos al Jefe que previamente se nombre para<br />

dirigirlos. Es, por fin, en cualquier aspecto, el interés supremo de la Patria colocado por encima de todas las<br />

consideraciones”. A obra está ilustrada com fotografias de desfiles e exibições militares e na sua bibliografia<br />

são indicados documentos de arquivo e hemeroteca junto a nove livros, entre os quais está a obra editada pelo<br />

ICH, Breve historia do Brasil, de Renato Mendonça. Entre o produto de Renato de Mendonça e o de Liaño<br />

Huidobro, o ICH publicou, em 1951, os discursos pronunciados aos 12 de outubro de 1951, na Festa da<br />

Hispanidade, com o título Presente y futuro de la comunidad hispánica, entre os que se incluem o discurso do<br />

ministro das Relações Exteriores do Brasil, João Neves da Fontoura, com o título “Misión de la comunidad<br />

iberica”, e o de quem fora embaixador da Espanha no Brasl e então era ministro secretário geral “del<br />

Movimiento”, Raimundo Fernández Cuesta. Em 1953, o ICH publicou Dos españoles en la historia del<br />

Brasil, contendo as duas conferências que Alberto Silva ministrara sobre o jesuíta Antonio Blázquez e o nobre<br />

e militar Fadrique de Toledo.<br />

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