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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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Lanterna, de São Paulo e na Guerra Social, no Rio de Janeiro ou o de Nicolau Parada, um garçom,<br />

que fugindo da repressão policial do Rio de Janeiro, escapou para São Paulo e em 1922 ajudou a<br />

fundar o jornal A voz da União (Silva, 2006a: 399).<br />

A respeito da Guerra Civil, a autora indica que a diretoria do centro teve, em 1937,<br />

que ceder o mandato, por esta ser acusada de comunista, sendo destituída e substituída por<br />

“velhos e conceituados comerciantes da cidade” (Silva, 2006a: 400), e frisa que a vigilância<br />

sobre o centro, por parte das autoridades brasileiras, aumentou logo da aprovação do<br />

Decreto-lei n. 383, de 18 de abril de 1938, que vedava a estrangeiros a atividade política no<br />

Brasil e proibia a existência daquelas associações que não fossem mistas, isto é, que não<br />

aceitassem brasileiros como sócios, sendo, ademais, presididas por um brasileiro, e que não<br />

tivessem, além de fins culturais e recreativos, fins beneficentes 348 . Érica Sarmiento<br />

observou que, em 1938, o Centro Galego realizara uma assembléia, presumivelmente prórepublicana,<br />

sem a autorização da polícia, e que foi, portanto, qualificada como subversiva.<br />

Esse fato faria com que, em o Ministério da Justiça e Negócios Interiores ordenasse a sua<br />

dissolução sob a alegação de descumprimento do Decreto-lei n. 383, o qual aconteceria em<br />

1943. Érica Sarmiento reproduz a notícia que, sobre o feche do Centro Galego, publicou o<br />

Diário da Noite, em 29 de janeiro de 1942:<br />

O Ministro da Justiça determinou a dissolução do “Centro Gallego”, velha sociedade espanhola, com<br />

mais de 40 anos de existência, por não terem os seus dirigentes cumprido as disposições do decreto<br />

383, que regula a vida das sociedades estrangeiras no Brasil. Elementos prejudiciais vinham tomando<br />

atitudes más, com o protesto da maioria dos associados do tradicional “Centro”, muitos deles<br />

brasileiros (Silva, 2006a: 402).<br />

El Correo Gallego<br />

Além da seção que Érica Sarmiento dedica ao Centro Galego do Rio, não<br />

conhecemos nenhum estudo sobre ele. O Centro Galego, no entanto, é uma constante<br />

referência das investigações sobre a história do sindicalismo no Brasil por nos seus salões<br />

ter acontecido, em 1906, o Primeiro Congresso Operário Brasileiro. Todavia, é possível<br />

reconstruir a história dessa associação entre o 7 de novembro de 1903 e o 22 de dezembro<br />

de 1905 por ter circulado entre essas datas o semanário El Correo Gallego – “Semanario<br />

348 O Decreto-lei n. 383, de 18 de abril de 1938, tem o rótulo “Veda a estrangeiros a atividade política no<br />

Brasil e dá outras providências”. Disponível em:<br />

. Acesso em: 4 mai. 2009.<br />

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