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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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José Amat, presente na corte desde 1848 386 . Em 1889 arribou no Brasil, entrando por<br />

Belém, no Pará, a Companhia de Zarzuelas dirigida pelo empresário aragonês José Bernard<br />

e da qual fazia parte o galego Servando Alvares Vallina, quem acabaria ficando no país.<br />

Essa companhia percorreu o Norte do país e acabou instalando-se no Teatro Lucinda do<br />

Rio, onde representou zarzuelas 387 . Em Porto Alegre também atuaram companhias de<br />

zarzuelas; em 1872, a de “José Gambim”; em 1876 e 1877, a encabeçada pela atriz Isadora<br />

Seguro; em 1881, a de Avelino Aguirre; em 1884, a Grande Companhia Espanhola de<br />

Zarzuelas regida por José Strigelli; em 1892, a Companhia Infantil de Zarzuelas de Elvira<br />

Pinochetti; em 1892, a de Jaime Falconer e Mme. Paissegni e, em 1897, o Conjunto de<br />

Zarzuelas de Dalnegro & Cia, de Manuel Ponte. No Teatro de São Pedro da capital gaúcha<br />

atuou, em 1883, a “Companhia Dramática Espanhola”, com um repertório de dramas e<br />

zarzuelas 388 ,. Pinto do Carmo (1959: 88) informa que a obra representada com maior<br />

sucesso foi Don Juan Tenorio.<br />

As centenas de atuações no Brasil das companhias espanholas de zarzuelas entre as<br />

décadas de 1870 e 1920 devem ter contribuído intensamente às projeções de representações<br />

sobre a Espanha e os espanhóis. Não temos meios para determinar e avaliar que<br />

estereótipos elas puderam estabelecer ou contribuir a formar nem podemos indicar se<br />

subsiste, ou em que grau subsiste, o gosto por esse gênero, ou se há mesmo lembrança<br />

dessas atuações nos palcos brasileiros. Houve, no entanto, um controvertido acontecimento<br />

386 Sobre José Lapuerta, Pinto do Carmo (1960: 83, 85) informa que trouxe consigo “um repertório de peças<br />

castelhanas e conseguiu ver representadas a maioria delas, inclusive, Macias [ou o doncel de Villena], de<br />

Mariano de Larra, que alcançou sucesso”, “que João Caetano mandou traduzir por Paula Brito e incluiu em<br />

seu repertório”. A sua companhia, da qual fazia parte a sua esposa “Carmem Zoza”, estreou em 1842. De José<br />

Amat, Pinto do Carmo (1960: 83) informa que quando esse músico, cantor e dramaturgo espanhol chegou, em<br />

1848, ao Rio “Cogitava-se, nessa altura, da criação, de instituição de uma Academia de Ópera Nacional. Para<br />

dar corpo à idéia que muitos acalentavam, trabalhavam com paciência e carinho: Araújo Porto Alegre, Isidro<br />

Bevilacqua e Joaquim Norberto Sousa Silva. O entusiasmo de Amat daria o alento final à empreitada que se<br />

concretizou por decreto de 13 de abril de 1857. Pianista, violinista, tenor e compositor ele desde logo<br />

afeiçoou-se ao teatro com zelo e devoção inexcedíveis. Para isso contribuiu o seu casamento com D. Maria<br />

Luisa Pires, então viúva e possuidora de reconhecido talento artístico. Recebido carinhosamente nos<br />

aristocráticos salões cariocas, com a sua bela voz, cantou, compôs e verteu para o castelhano inúmeras<br />

modinhas que então deliciavam os nossos avós”.<br />

387 Para o período 1881-1890, Pinto do Carmo (1960: 85) verificou a representação das seguintes zarzuelas no<br />

Brasil: “Camponone, Los Madgyares, Anel de fierro, La tempestad, Marina, Juzgar con fuego, Crispin y la<br />

comare, Cataluña, Verbena de la paloma, Barberille de Lavapies, Niña Pancha, La gran via, Cadiz, El Plato<br />

del dia, Madrid P’tit, etc.”.<br />

388 Pinto do Carmo informa que os dados sobre as companhias teatrais e de zarzuelas da Espanha que atuaram<br />

em Porto Alegre obteve-os na obra Palco, Salão e Picadeiro em Porto Alegre no século XIX, de Atos<br />

Damasceno.<br />

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