26.03.2015 Views

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

articular-se-iam melhor as comunicações com todo o território e poder-se-ia pôr fim “a las<br />

pretensiones feudales de ciertos políticos ambiciosos, a los desmanes de caudillos<br />

enseñoreados en pequeñas capitales nordestinas, atrincherando su poder con la extrema<br />

lejanía de la capital federal” (Daglio, 1951: 87). Isto é, para o autor haveria uma causa<br />

tópica carioca para a corrupção inerente ao coronelismo. Segundo ele, este se poderia<br />

dissolver deslocando a capital aos sertões de Goiás, um projeto, no entanto, já incluído na<br />

primeira Constituição republicana. Contudo, o parecer negativo de Daglio sobre o Rio<br />

como capital da União, não era uma provocação susceptível de causar irritação em<br />

potenciais leitores brasileiros. Esse parecer fazia eco dos planos políticos do momento que<br />

acabariam se efetivando com a chegada à presidência de Juscelino Kubitschek.<br />

Kodak, El Brasil ante mi lente (Daglio, 1951) recebeu, no ano seguinte – 1952 – à<br />

sua publicação, uma segunda edição, ampliada, com novo título: Brasil, despertar de un<br />

mundo. A obra, embora escrita em espanhol, foi editada em São Paulo. O editor justificou-a<br />

como se segue:<br />

Este livro, na sua edição uruguaia, intitula-se Kodak. Sai agora, a presente edição brasileira,<br />

aumentada de oito reportagens, com o título Brasil, despertar de um mundo por julgar o Autor mais<br />

em harmonia com o espírito e a matéria da obra. Alarico de Castro Borelli, Editor (Daglio, 1952: 2).<br />

A obra abre-se com uma recopilação de comentários críticos a ela, na sua primeira<br />

edição, favoráveis, publicados em diversos periódicos brasileiros – A Gazeta<br />

(Florianópolis), Diário da Tarde (Curitiba), Gazeta do Povo (Curitiba), A Gazeta (São<br />

Paulo), O Cruzeiro (Rio de Janeiro), Diário de Notícias (Porto Alegre) – e em um uruguaio<br />

– Diario del Plata (Montevideo) –. Também há pareceres de alguns agentes: Altino<br />

Arantes, da Academia Paulista de Letras; Maurice Pierrefeu, autor de uma das introduções<br />

de Kodak; o general uruguaio Edgardo Genta; Carlos Maria Princivalle, da Academia<br />

Nacional de Letras de Montevidéu; e o jurista uruguaio Eduardo J. Couture, quem presidiu<br />

o Instituto Cultural Uruguayo-Brasileño. Nessa recopilação de críticas é reproduzida a<br />

introdução – Só a Kodak do turista sabe ver – que, para Kodak, escrevera Guilherme de<br />

Almeida.<br />

O Prefacio de Brasil, despertar de un mundo é o mesmo de Kodak, de Telmo<br />

Manacorda. O livro, ao igual que Kodak, também é dedicado à la Comtesse Henriette du<br />

Fayet de la Cour. Todavia, possui dois textos iniciais próprios. O primeiro é dedicado a<br />

Getúlio Vargas (A Su Excelencia [...] Presidente del Brasil), e, o segundo, a Juscelino<br />

191

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!