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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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asileiros 3: Língua, literatura, identidade. Nas “Palavras de Pórtico” do livro de poemas<br />

do galego residente no Rio, Domingo González Cruz, intitulado Poesia peregrina –<br />

(Coletânea) Em galego e português (Cruz, 2005), Maleval resume, como se segue, a<br />

parceria que fortalece o desenvolvimento dos “estudos galegos” no Estado do Rio de<br />

Janeiro:<br />

Ater-me-ei, para finalizar essas “palavras de pórtico”, a louvar a preocupação da Xunta de Galicia<br />

com os galegos da diáspora e com o fomento de atividades que divulguem a cultura galega. No<br />

âmbito desses anseios foi criado o Núcleo de Estudos Galegos da Universidade Federal Fluminense<br />

(NUEG) em 1994; e em 1996 o Programa de Estudos Galegos da UERJ (PROEG), que têm como<br />

objetivos primordiais desenvolver e estimular atividades relativas ao ensino e à pesquisa relacionadas<br />

com a língua, a literatura e a cultura galegas em geral, bem como promover o intercâmbio cultural<br />

com a Galiza. O governo galego prontamente respondeu às expectativas desse Programa,<br />

possibilitando a manutenção de um Leitorado, com professor galego mantido às suas expensas, que<br />

ministra cursos de língua e literatura galegas integrantes da rede curricular do Curso de Letras da<br />

UERJ. Além disso, patrocina atividades, na UFF e na UERJ, como a que ora se apresenta – a<br />

publicação da poesia de um galego-carioca, ou de um carioca-galego, que maneja como poucos a<br />

língua falada no Brasil, e que é uma mostra da produtiva simbiose das culturas em interação (Cruz,<br />

2005 10-11).<br />

Do mesmo modo que acima mencionamos em relação aos galegos residentes no<br />

Estado de São Paulo, não temos fundamentos a partir dos quais sentenciar que os milhares<br />

de imigrantes galegos assentados na, outrora, capital federal, e nos outros municípios do<br />

Estado do Rio de Janeiro, alteraram as suas idiossincrasias, como conseqüência desse seu<br />

deslocamento da Galiza, e abrasileiraram-se. Porém comprovamos que a sua incipiente<br />

organização em associações frustrou-se na década de 1930, de tal forma que na década de<br />

1990 só o Consulado Geral de Espanha demonstrou ter a autoridade necessária para<br />

convocar as autárquicas sociedades integradas por imigrantes galegos que, então,<br />

funcionavam nesse estado da União. O desejo de Balboa de que se estruturassem grupos<br />

galeguistas no Brasil não foi satisfeito no Rio de Janeiro. Surgiram, no entanto, os “estudos<br />

galegos” em que se tem analisado como se produziu a integração dos imigrantes da Galiza<br />

no meio social carioca.<br />

IV. 5. O galeguismo nos estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro<br />

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