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UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

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comentados por Las Casas (1937b: 78) por meio do que seriam as supostas três conclusões<br />

ao respeito, às que chegaria a mocidade “nas portas das oficinas e nas aulas universitárias”.<br />

A primeira dessas conclusões era a necessidade de exilar os velhos políticos, “gastos,<br />

imprestáveis, desacreditados”, porque “nem tiveram piedade para evitar a guerra, nem<br />

coragem para sustê-la com glória, nem tacto para elaborar a paz. Eles são a causa do<br />

massacre e os responsáveis pela revolução subseqüente”. A segunda referia-se à procura de<br />

uma ordem social melhor e mais justa, já que “milhares de homens morreram de forme,<br />

entretanto uns poucos se fizeram fabulosamente ricos sem contribuir com um vintém para<br />

as despesas do Estado”. A terceira consistia na purificação das expressões e dos órgãos<br />

essenciais estatais (“hierarquia, família, propriedade, princípio religioso...”) para poder<br />

salvar a nação. Las Casas acredita que essas conclusões a que chegara a juventude estavam<br />

resultando na regeneração ideológica e política da Europa, pelo que faz a seguinte<br />

observação:<br />

Dois antigos soldados, ambos de família humilde e pobre, de suficiente leitura e de extraordinária<br />

tempera combativa, surgem como líderes da nova revolução: Adolpho Hitler na Alemanha e Benito<br />

Mussolini na Itália. Os dois formaram-se no marxismo, os dois padeceram fome e perseguição, os<br />

dois têm uma profunda vocação intelectual, os dois demonstraram nas trincheiras serem patriotas<br />

heroicamente abnegados. Em Munich e em Milão ouvem-se as primeiras arengas clamorosas e<br />

imperativas: - Socialismo, sim, mas nacional, sem chefaturas nem mandos estranhos; revolução, sim,<br />

mas não subversão; ordem, sim, mas não anarquia feita costume. O socialismo de Georges Sorel<br />

revive neles fortalecido, acrisolado, adaptado em razão de tempo, lugar e procedimento; Mussolini<br />

declarou dever-lhe mais que a Nietzsche.<br />

Na Europa abra-se uma nova era (Las Casas, 1937b: 78-79).<br />

Por sua vez, a “raça” é para Las Casas a coluna vertebral da nacionalidade. Mas,<br />

guiando-se pelo mapa político natural da Europa elaborado por Wells e nas exposições de<br />

Stammler, ele diz que, devido à miscigenação, não acreditava que fosse possível nem traçar<br />

fronteiras raciais na Europa da década de 1930 nem expor racionalmente quais eram as<br />

características do espírito nacional. Além disso, no seu juízo, os perfis nacionais mais fortes<br />

eram a conseqüência da síntese de elementos raciais diversos e, às vezes, opostos. Assim, o<br />

autor declara que<br />

Não acredito na oposição entre homens brancos e homens de cor; estimo que o conceito de<br />

propriedade, a interpretação da história, o sentimento de autoridade, o instinto de hierarquia, a visão<br />

econômica do mundo e os grandes fitos espirituais da espécie, são vistos hoje pelos mesmos ângulos<br />

e com a mesma lente por brancos, pretos e amarelos. Na procura do Estado ideal, o alemão de hoje<br />

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