26.03.2015 Views

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO DE COMPOSTELA FACULDADE ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pero no hay nada tan grande, tan heroico, tan sublime, como la viuda gallega. Secas apenas las<br />

lágrimas, único caudal que sobrevive al padre en el hogar humilde, aquella mujer, en apariencia<br />

débil, toda amor para su esposo, bondad y ternura para sus hijos, se transforma, y cual si de su propio<br />

desamparo sacara fuerzas para dominar la flaqueza de su espíritu, haciendo frente a la adversidad, es<br />

de ver la energía que despliega, las austeridades que impone, el hábil manejo de severidad y<br />

condescendencia con sus hijos, los prodigios de economía, la solicitud, la perseverancia y la<br />

laboriosidad puestas al servicio del deber.<br />

O n. 6 de La Estirpe contém o primeiro produto literário inserido no periódico.<br />

Trata-se de um relato – um “cuento gallego” –, assinado por M. Rivas, em que se narra uma<br />

anedota acontecida com um indiano no seu regresso à aldeia natal. O indiano pretendia<br />

construir um imóvel que acolhesse uma pinacoteca. O relato, escrito em espanhol, intitulase<br />

La opinión del técnico. O nosso interesse nesse relato deve-se a ele, por um lado, retratar<br />

supostas características imanentes de um galego enriquecido retornado de América, ou seja,<br />

de um indiano genérico. Por outro, deve-se a nele se esboçar um lugar comum das<br />

expectativas que projetavam os habitantes de uma aldeia sobre o retorno de um vizinho que<br />

emigrara a América. A anedota gira em torno à confusão que cria o retornado – “un Farruco<br />

que el dinero transformara en don Farruco” – quando lhes comunica a um pároco da sua<br />

confiança – o seu administrador –, ao prefeito do seu município, “no muy lejos de Verín”, e<br />

ao seu caseiro/ colono – Antón – que é preciso escolher um terreno, dentre os que ele<br />

adquiriu, onde construir o prédio da pinacoteca que possa albergar a coleção de quadros<br />

que reuniu na sua estadia no exterior. O indiano já se fizera construir um chalé conforme<br />

aos planos que remetera da América e tencionava beneficiar o seu município fundando<br />

umas escolas e a pinacoteca. No desfecho da narração, o autor tentou provocar a<br />

comicidade criando um diálogo em que o caseiro, cuja expressão é parodiada mediante<br />

clichês da fala reticente de um camponês galego, comenta, respondendo às interpelações do<br />

seu “amo”, que, no seu parecer, o terreno escolhido é melhor para plantar pimentos que<br />

para instalar uma pinacoteca.<br />

M. Rivas diferencia entre os aldeões galegos que partem da Galiza com rumo a<br />

América – os indianos – e os que escolheram outros destinos. Estes últimos, se regressam,<br />

são qualificados como pessoas que têm “corrido mundo”. Os que vão à América são os<br />

indianos; todavia, eles só recebem essa qualificação se, ao voltarem, demonstram que<br />

acumularam capital na emigração, um capital que, por sua vez, deve ser em parte investido<br />

509

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!