14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

1<br />

2<br />

3<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

1<br />

2<br />

Como ressalta Bernard Schwartz, “o seu po<strong>de</strong>r facultativo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar os casos em que ela própria<br />

po<strong>de</strong> julgar resultou no fato <strong>de</strong> que ela <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser simplesmente um órgão judiciário comum. É um<br />

tribunal <strong>de</strong> recurso especial, apenas para a solução <strong>de</strong> questões consi<strong>de</strong>radas como envolvendo um<br />

interesse público substancial e não os interesses exclusivos <strong>de</strong> algumas pessoas privadas” (SCHWARTZ,<br />

Bernard. <strong>Direito</strong> constitucional americano. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense, 1966. p. 177).<br />

BAUM, Lawrence. A Suprema Corte americana. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense Universitária, 1987. p. 26 e 139.<br />

Jethro K. Lieberman aponta que a <strong>de</strong>nominada rule of four constitui praxe na Suprema Corte, porém<br />

não possui caráter obrigatório, po<strong>de</strong>ndo ser dispensada (LIEBERMAN, Jethro K. A practical companion<br />

to the constitution. Los Angeles: University California Press, 1999. p. 436).<br />

Historicamente torna-se importante lembrar o caso Robison v. Califórnia (1962), pois, apesar <strong>de</strong> sua<br />

exclusão inicial da lista <strong>de</strong> exame, por solicitação <strong>de</strong> um dos membros da Corte, foi submetido a<br />

admissão (norma dos quatro) e posteriormente teve seu mérito analisado, e a Corte aplicou aos Estados<br />

a proibição constitucional contra punições cruéis e incomuns.<br />

No mesmo sentido, salientam Woodward e Armstrong, “Petição certiorari é um requerimento<br />

encaminhado à Corte, expondo as razões pelas quais os juízes <strong>de</strong>veriam aceitar julgar um caso em<br />

particular. De acordo com o regulamento interno da Corte, quatro votos – um menos que a maioria –<br />

são exigidos para que a Corte aceite julgar um caso” (WOODWARD, Bob; ARMSTRONG Scott. Por<br />

<strong>de</strong>trás da Suprema Corte. São Paulo: Saraiva, 1985. 52).<br />

LIEBERMAN, Jethro K. A practical... Op. cit. p. 83.<br />

Peter Häberle informa-nos que 97% dos recursos <strong>de</strong> amparo não são admitidos pelas seções do<br />

Tribunal <strong>Constitucional</strong> (HÄBERLE, Peter. El recurso <strong>de</strong> amparo en el sistema germano-fe<strong>de</strong>ral. In:<br />

Vários autores. La jurisdiccion constitucional en iberoamerica. Madri: 1997. p. 266).<br />

Corroborando esse posicionamento, o STF, por maioria, <strong>de</strong>cidiu aplicar a “repercussão geral”, inclusive<br />

aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes <strong>de</strong> 3-5-2007 (STF – Pleno –<br />

AI 715423 QO/RS, rel. Min. Ellen Gracie, <strong>de</strong>cisão: 11-6-2008.<br />

STF – Pleno – AI n o 664.567 – Rel. Min. Sepúlveda Pertence, <strong>de</strong>cisão: 18-6-2007.<br />

Nesse sentido, <strong>de</strong>cidiu o STF, que: “É incabível a interposição <strong>de</strong> recurso contra ato judicial <strong>de</strong> Ministro<br />

do Supremo que aplica a sistemática da repercussão geral, em razão da inexistência <strong>de</strong> conteúdo<br />

<strong>de</strong>cisório” (STF, MS 28991 AgR/PE, MS 28993 AgR/PE; MS 29004 AgR/PE e MS 28996 AgR/PE, todos<br />

<strong>de</strong> relatoria do Ministro Gilmar Men<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>cisão: 16-9-2010).<br />

MAZZILLI, Hugo Nigro. O ministério público na Constituição <strong>de</strong> 1988. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. p.<br />

2.<br />

STF – RE nº 593.727/MG – Red. p/Acórdão Min. Gilmar Men<strong>de</strong>s.<br />

Em relação ao âmbito funcional do Ministério Público do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, conferir: STF – ADI n o 2.794/<br />

DF– Rel. Min. Sepúlveda Pertence, <strong>de</strong>cisão: 14 <strong>de</strong>z. 2006 – Informativo STF n o 452, p. 2.<br />

SLAIBI FILHO, Nagib. Ação <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense, 1994. p. 152.<br />

Em relação à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ministério Público Especial junto ao Tribunal <strong>de</strong> Contas, conferir: STF –<br />

Pleno – ADI 328/SC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2-2-2009 e ADI 3307/MT, Rel. Min. Cármen<br />

Lúcia, 2-2-2009.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!