14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Estado do polo passivo <strong>de</strong> mandado <strong>de</strong> segurança ajuizado contra <strong>de</strong>creto do Presi<strong>de</strong>nte da República,<br />

por ele referendado, afirmando que “A referenda ministerial, que não se reveste <strong>de</strong> consequência <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m processual, projeta-se, quanto aos seus efeitos, numa dimensão estritamente institucional,<br />

qualificando-se, sob tal perspectiva, como causa geradora <strong>de</strong> corresponsabilida<strong>de</strong> políticoadministrativa<br />

dos Ministros <strong>de</strong> Estado... Cumpre ter presente, por isso mesmo, no que concerne à<br />

função da referenda ministerial, que esta não se qualifica como requisito indispensável <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> dos<br />

<strong>de</strong>cretos presi<strong>de</strong>nciais.”<br />

3<br />

4<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

1<br />

1<br />

2<br />

CF, art. 84, I.<br />

CAVALCANTI, Themistocles Brandão. Princípios gerais <strong>de</strong> direito público. 3. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Borsoi,<br />

1966. p. 152.<br />

Essa autorização para que o Presi<strong>de</strong>nte da República possa, mediante <strong>de</strong>creto, disciplinar a<br />

organização e funcionamento dos Ministérios foi concedida pela EC n o 32/01.<br />

STF – Petição n o 1954-7/DF – medida liminar – Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, Diário da Justiça, Seção I, 10<br />

fev. 1999 e 14 jun. 2000, p. 3; STF – Petição n o 1.199-6/SP – Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, <strong>de</strong>spacho: 31-10-<br />

1996; STF – Petição n o 1.656/DF – Rel. Min. Maurício Corrêa, Informativo STF n o 281; STF – Pet. n o<br />

1954/DF – Rel. Min. Maurício Corrêa, Diário da Justiça, Seção I, 1 o ago. 2003, p. 106.<br />

STF – Petição n o 1.468-6/DF – Rel. Min. Celso <strong>de</strong> Mello, Diário da Justiça, Seção I, 17 out. 2001, p. 33.<br />

Os <strong>de</strong>mais Ministros po<strong>de</strong>rão ser convocados pelo Presi<strong>de</strong>nte da República para participar da reunião<br />

do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério (CF, art. 90, §<br />

1 o ).<br />

Redação dada pela EC n o 23, promulgada em 2-9-1999.<br />

I<strong>de</strong>m.<br />

Conferir, sobre a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> responsabilização político-administrativa do Presi<strong>de</strong>nte e/ou do<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte da República por atos praticados antes do início do mandato: STF – MS n o 26.176-5/DF<br />

– Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Diário da Justiça, Seção I, 6 out. 2006, p. 74. Nessa <strong>de</strong>cisão<br />

monocrática, o Ministro Pertence ressaltou que “o caso <strong>de</strong>svela pormenor inafastável: a <strong>de</strong>núncia<br />

apresentada é relativa a atos dos ainda candidatos [...], que, assim, não po<strong>de</strong>riam configurar crimes <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>”.<br />

MELLO FILHO, José Celso. Justitia – Revista do Ministério Público do Estado <strong>de</strong> São Paulo, 42/98. Esse é<br />

o atual posicionamento do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, conforme se verifica nos seguintes julgados: STF<br />

– Pleno – ADI nº 4791/PR – Rel. Min. Teori Zavascki – 12-2-2015 (ADI-4791); ADI nº 4800/RO, Rel.<br />

Min. Cármen Lúcia, 12-2-2015 (ADI-4800); ADI nº 4792/ES, Rel. Min. Cármen Lúcia, 12-2-2015 (ADI-<br />

4792); STF – Pleno – Adin n o 1.628/SC – Rel. Min. Nelson Jobim – RTJ 166/147 e STF – Pleno – Adin n o<br />

834-0/MT – Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Diário da Justiça, Seção I, 9 abr. 1999, p. 2, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>cidiu:<br />

“Crime <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>: <strong>de</strong>finição: reserva <strong>de</strong> lei. Entenda-se que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> crimes <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>, imputáveis embora a autorida<strong>de</strong>s estaduais, é matéria <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> Penal, da<br />

competência privativa da União – como tem prevalecido no Tribunal – ou, ao contrário, que sendo<br />

matéria <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> política <strong>de</strong> mandatários locais, sobre ela possa legislar o Estado-membro –<br />

como sustentam os autores <strong>de</strong> tomo – o certo é que estão todos acor<strong>de</strong>s em tratar-se <strong>de</strong> questão<br />

submetida à reserva <strong>de</strong> lei formal, não po<strong>de</strong>ndo ser versada em <strong>de</strong>creto-legislativo da Assembleia

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!