14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

para os profissionais liberais não filiados, 1 enquanto qualquer outra<br />

contribuição assistencial/ confe<strong>de</strong>rativa é facultativa, somente po<strong>de</strong>ndo ser<br />

cobrada com autorização por parte do empregado ou trabalhador. 2<br />

Portanto, inobstante a separação dos sindicatos da esfera <strong>de</strong> intervenção do<br />

Ministério do Trabalho, a contribuição sindical foi preservada pela nova<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral, pelo que remanesce seu disciplinamento pela CLT, 3 sendo<br />

os recursos da “conta especial emprego e salário” <strong>de</strong>scontados a título <strong>de</strong><br />

contribuição sindical, para finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida em lei, 4 entre elas a própria<br />

subsistência e in<strong>de</strong>pendência sindical, conforme entendimento do Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral. 5 Esse é o mesmo posicionamento do Tribunal <strong>de</strong> Justiça do<br />

Estado <strong>de</strong> São Paulo, que se posiciona, nos termos constitucionais, pela não<br />

obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> contribuições assistenciais/confe<strong>de</strong>rativas para os não<br />

filiados, mas da exigibilida<strong>de</strong> da contribuição sindical prevista em Lei.<br />

Ressalte-se, por fim, que, apesar <strong>de</strong> o art. 8 o , I, da CF, garantir a liberda<strong>de</strong><br />

sindical, é admissível o controle jurisdicional sobre a legalida<strong>de</strong> da contribuição<br />

assistencial cobrada dos sindicalizados, em face do art. 5 o , XXXV, pois nenhuma<br />

alegação <strong>de</strong> lesão ou ameaça a direito será excluída <strong>de</strong> apreciação do Po<strong>de</strong>r<br />

Judiciário. 6<br />

5<br />

DIREITO DE GREVE<br />

A doutrina indica que o surgimento da palavra greve <strong>de</strong>ve-se a uma praça <strong>de</strong><br />

Paris, <strong>de</strong>nominada Place <strong>de</strong> Grève, na qual os operários se reuniam quando<br />

paralisavam seus serviços com finalida<strong>de</strong>s reivindicatórias.<br />

A greve po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como um direito <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>fesa que consiste na<br />

abstenção coletiva e simultânea do trabalho, organizadamente, pelos<br />

trabalhadores <strong>de</strong> um ou vários <strong>de</strong>partamentos ou estabelecimentos, com o fim<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r interesses <strong>de</strong>terminados.<br />

Po<strong>de</strong>mos concluir, como Cassio Mesquita Barros, para quem<br />

“o direito <strong>de</strong> greve, sob o ponto <strong>de</strong> vista da teoria jurídica, se configura<br />

como direito <strong>de</strong> imunida<strong>de</strong> do trabalhador face às consequências normais

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!