14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

seu cônjuge e parente ou afins até segundo grau po<strong>de</strong>rão candidatar-se a todos os<br />

cargos eletivos, 1 inclusive à chefia do Executivo até então por ele ocupada,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que esse pu<strong>de</strong>sse concorrer a sua própria reeleição, afastando-se<br />

totalmente a inelegibilida<strong>de</strong> reflexa. 2<br />

Caso, porém, o Chefe do Executivo estiver exercendo o 2 o mandato<br />

consecutivo, a renúncia não terá nenhum efeito para a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afastar a<br />

inelegibilida<strong>de</strong> reflexa quanto a disputa para a chefia do Executivo. 3 Nessa<br />

hipótese, se ao próprio chefe do Executivo está vedada a tentativa <strong>de</strong><br />

perpetuação no cargo por mais <strong>de</strong> dois mandatos, igualmente, não se permitirá<br />

essa continuida<strong>de</strong> via reflexa. 4<br />

Assim, ampliou-se o entendimento anterior do Tribunal Superior Eleitoral<br />

ao afirmar que, “somente com o afastamento do titular do cargo eletivo do<br />

Po<strong>de</strong>r Executivo, seis meses antes do pleito, ficam elegíveis o cônjuge e os<br />

parentes, consanguíneos ou afins”, 5 pois a renúncia do chefe do Po<strong>de</strong>r Executivo,<br />

nos seis meses anteriores à eleição, somente produzirá efeitos <strong>de</strong> afastamento da<br />

inelegibilida<strong>de</strong> reflexa, para a disputa <strong>de</strong> cargos eletivos diversos daquele<br />

renunciado pelo titular do mandato. 6 Assim, por exemplo, irmão do Governador<br />

do Estado po<strong>de</strong>rá candidatar-se a Deputado Fe<strong>de</strong>ral, 7 Senador da República 8 ou<br />

Prefeito <strong>de</strong> município, 9 <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que haja renúncia do Governador nos seis meses<br />

anteriores ao pleito eleitoral.<br />

O mesmo, segundo o TSE, ocorre na hipótese <strong>de</strong> separação judicial no curso<br />

do 1 o mandato. Porém, se isso ocorrer no curso do 2 o mandato, será “inelegível,<br />

no território <strong>de</strong> jurisdição do titular, o ex-cônjuge do chefe do Executivo<br />

reeleito, visto que em algum momento do mandato existiu o parentesco,<br />

po<strong>de</strong>ndo comprometer a lisura eleitoral”, 1 inclusive ao cargo <strong>de</strong> vice-chefe do<br />

Executivo. 2<br />

Da mesma forma, enten<strong>de</strong> o Tribunal Superior Eleitoral ser “inelegível o<br />

cônjuge <strong>de</strong> chefe do Po<strong>de</strong>r Executivo em primeiro mandato que não exerceu o<br />

mandato para o qual foi reeleito, por ter tido o seu diploma cassado”, uma vez<br />

que, “o objetivo do § 7 o do art. 14 da CF é impedir o continuísmo familiar na<br />

chefia do Po<strong>de</strong>r Executivo, em benefício da garantia da lisura e higi<strong>de</strong>z do<br />

processo eleitoral”. 3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!