14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

eparabilida<strong>de</strong> em virtu<strong>de</strong> dos prejuízos sofridos. 4<br />

A norma preten<strong>de</strong> a reparação da or<strong>de</strong>m jurídica lesada, seja por meio <strong>de</strong><br />

ressarcimento econômico, seja por outros meios, por exemplo, o direito <strong>de</strong><br />

resposta. 1<br />

O art. 5 o , V, não permite qualquer dúvida sobre a obrigatorieda<strong>de</strong> da<br />

in<strong>de</strong>nização por dano moral, 2 inclusive a cumulativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa com a<br />

in<strong>de</strong>nização por danos materiais. 3<br />

Como <strong>de</strong>cidiu o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, “sobrevindo, em razão <strong>de</strong> ato<br />

ilícito, perturbação nas relações psíquicas, na tranquilida<strong>de</strong>, nos sentimentos e<br />

nos afetos <strong>de</strong> uma pessoa, configura-se o dano moral, passível <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nização”, 4<br />

inclusive em relação aos danos estéticos. 5<br />

Como ensina Rui Stoco, “pacificado, hoje, o entendimento <strong>de</strong> que o dano<br />

moral é in<strong>de</strong>nizável e afastadas as restrições, o preconceito e a má vonta<strong>de</strong> que a<br />

doutrina pátria e alienígena impunham à tese, com o advento da nova or<strong>de</strong>m<br />

constitucional (CF/88), nenhum óbice se po<strong>de</strong>, a priori, antepor à<br />

in<strong>de</strong>nizabilida<strong>de</strong> cumulada”. 6<br />

Limongi França traz-nos o conceito <strong>de</strong> dano moral, afirmando ser aquele<br />

que, direta ou indiretamente, a pessoa física ou jurídica, bem assim a<br />

coletivida<strong>de</strong>, sofre no aspecto não econômico dos seus bens jurídicos. 7<br />

Ressalte-se, portanto, que a in<strong>de</strong>nização por danos morais terá cabimento<br />

seja em relação à pessoa física, seja em relação à pessoa jurídica 8 e até mesmo<br />

em relação às coletivida<strong>de</strong>s (interesses difusos ou coletivos); mesmo porque são<br />

todos titulares dos direitos e garantias fundamentais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que compatíveis com<br />

suas características <strong>de</strong> pessoas artificiais.<br />

A partir da EC n o 45/04 (“por questões <strong>de</strong> política judiciária”), as ações <strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>nização, inclusive por dano moral, com base em aci<strong>de</strong>nte do trabalho,<br />

propostas por empregado contra empregador, são da competência da justiça do<br />

trabalho, pois, conforme enten<strong>de</strong>u o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, “o direito à<br />

in<strong>de</strong>nização em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho, quando o empregador incorrer em<br />

dolo ou culpa, está enumerado no art. 7 o da CF como autêntico direito<br />

trabalhista, cuja tutela, <strong>de</strong>ve ser, por isso, da justiça especial”. 1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!