14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservar a nacionalida<strong>de</strong> brasileira primária, na já analisada<br />

hipótese <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> potestativa. A aquisição, apesar <strong>de</strong> provisória, dá-se<br />

com a fixação <strong>de</strong> residência, sendo a opção uma condição confirmativa e não<br />

formativa <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>verá ocorrer a partir da maiorida<strong>de</strong>.<br />

Dessa forma, no momento em que o filho <strong>de</strong> pai brasileiro e/ou mãe<br />

brasileira, que não estivessem a serviço do Brasil, nascido no estrangeiro, fixasse<br />

residência no Brasil, adquiriria a nacionalida<strong>de</strong> provisória, que seria confirmada<br />

com a opção feita perante a Justiça Fe<strong>de</strong>ral, a partir da maiorida<strong>de</strong>. 1<br />

O momento da fixação da residência no País constitui o fator gerador da<br />

nacionalida<strong>de</strong>, que fica sujeita a uma condição confirmativa, a opção. Ocorre<br />

que, pela inexistência <strong>de</strong> prazo para essa opção, apesar da aquisição temporária<br />

da nacionalida<strong>de</strong> com a fixação <strong>de</strong> residência, seus efeitos ficarão suspensos até<br />

que haja a referida condição confirmativa.<br />

Pela constituição anterior, a pessoa nascida nas condições mencionadas,<br />

enquanto não atingisse o prazo <strong>de</strong> quatro anos após a maiorida<strong>de</strong>, era<br />

consi<strong>de</strong>rada, para todos os efeitos, brasileira nata, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fixação da residência,<br />

inclusive po<strong>de</strong>ndo requerer abertura <strong>de</strong> assento <strong>de</strong> nascimento provisório, que<br />

seria cancelado se, <strong>de</strong>corrido o prazo <strong>de</strong> quatro anos mencionado no texto<br />

constitucional, não tivesse havido a opção pela nacionalida<strong>de</strong> brasileira (Lei<br />

Fe<strong>de</strong>ral n o 6.015/73, art. 32, §§ 2 o a 5 o ). Feita, no entanto, a opção, a pessoa<br />

conservaria sua condição jurídica <strong>de</strong> brasileira nata. Não a fazendo, per<strong>de</strong>ria a<br />

citada condição.<br />

Agora, nos termos da constituição atual, em virtu<strong>de</strong> da inexistência <strong>de</strong> prazo<br />

para a realização da opção, que po<strong>de</strong>rá ser a qualquer tempo, parece-nos mais<br />

sensato que, apesar <strong>de</strong> o momento da fixação da residência no país constituir o<br />

fator gerador da nacionalida<strong>de</strong>, seus efeitos fiquem suspensos até que<br />

sobrevenha a condição confirmativa – opção (que terá efeitos retroativos). 1<br />

Como, porém, a realização da opção exige plena capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong><br />

vonta<strong>de</strong>, se a fixação <strong>de</strong> residência em território nacional ocorrer antes <strong>de</strong> o<br />

nascido no estrangeiro adquirir a maiorida<strong>de</strong>, passará a ser consi<strong>de</strong>rado<br />

brasileiro nato, porém, como ressaltado pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral,<br />

“sujeita essa nacionalida<strong>de</strong> a manifestação da vonta<strong>de</strong> do interessado, mediante

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!