14.04.2018 Views

Direito Constitucional 32ª Ed. (2016) - Alexandre de Moraes

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A exceção ocorrerá na hipótese <strong>de</strong> sigilo imposto pela segurança da<br />

socieda<strong>de</strong> e do Estado. 7 Nesse sentido, a Lei n o 11.111, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2005,<br />

<strong>de</strong>termina que o acesso aos documentos públicos <strong>de</strong> interesse particular ou <strong>de</strong><br />

interesse coletivo ou geral será ressalvado exclusivamente nas hipóteses em que<br />

o sigilo seja ou permaneça imprescindível à segurança da socieda<strong>de</strong> e do<br />

Estado. 1<br />

A citada lei estabelece ainda que os documentos públicos que contenham<br />

informações relacionadas à intimida<strong>de</strong>, vida privada, honra e imagem <strong>de</strong><br />

pessoas, e que sejam ou venham a ser <strong>de</strong> livre acesso, po<strong>de</strong>rão ser franqueadas<br />

por meio <strong>de</strong> certidão ou cópia do documento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se proteja o preceito<br />

constitucional do art. 5 o , inciso X, não apresentando esses dados.<br />

7<br />

7.1<br />

DIREITO DE PETIÇÃO<br />

Histórico e conceito<br />

Historicamente, o direito <strong>de</strong> petição nasceu na Inglaterra, durante a Ida<strong>de</strong><br />

Média, através do right of petition, consolidando-se no Bill of Rights <strong>de</strong> 1689, que<br />

permitiu aos súditos que dirigissem petições ao rei. Igualmente foi previsto nas<br />

clássicas Declarações <strong>de</strong> <strong>Direito</strong>s, como a da Pensilvânia <strong>de</strong> 1776 (art. 16), e<br />

também na Constituição francesa <strong>de</strong> 1791 (art. 3 o ).<br />

Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como o direito que pertence a uma pessoa <strong>de</strong> invocar a<br />

atenção dos po<strong>de</strong>res públicos sobre uma questão ou uma situação.<br />

A Constituição Fe<strong>de</strong>ral consagra no art. 5 o , XXXIV, o direito <strong>de</strong> petição aos<br />

Po<strong>de</strong>res Públicos, assegurando-o a todos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do pagamento <strong>de</strong><br />

taxas, em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direitos ou contra ilegalida<strong>de</strong> ou abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. A<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988 não obsta o exercício do direito <strong>de</strong> petição coletiva<br />

ou conjunta, através da interposição <strong>de</strong> petições, representações ou reclamações<br />

efetuadas conjuntamente por mais <strong>de</strong> uma pessoa. Observe-se que essa<br />

modalida<strong>de</strong> não se confun<strong>de</strong> com as petições em nome coletivo que são aquelas<br />

apresentadas por uma pessoa jurídica em representação dos respectivos<br />

membros. 2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!