07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

IV – a concessão <strong>de</strong> medida liminar em mandado <strong>de</strong> segurança;<br />

V – a concessão <strong>de</strong> medida liminar ou <strong>de</strong> tutela antecipada, em outras espécies <strong>de</strong> ação judicial;<br />

VI – o parcelamento.<br />

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da<br />

obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou <strong>de</strong>la consequentes.<br />

Para Kiyoshi Harada, “a suspensão da exigibilida<strong>de</strong> do crédito tributário é sempre <strong>de</strong> natureza<br />

temporária. A suspensão não importa na <strong>de</strong>sconstituição do crédito tributário, que continua intacto<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua constituição <strong>de</strong>finitiva pelo lançamento, notificado ao sujeito passivo1.<br />

Muito se tem discutido sobre a suspensão da exigibilida<strong>de</strong> do cré​dito e a contemporaneida<strong>de</strong><br />

do lançamento.<br />

É cediço que, embora suspenso o crédito tributário, a autorida<strong>de</strong> fis​cal não fica impedida <strong>de</strong><br />

realizar o lançamento, uma vez que a suspensão re​cai diretamente sobre a exigibilida<strong>de</strong> do crédito,<br />

impedindo apenas a pro​positura da execução fiscal.<br />

O estimado professor Paulo <strong>de</strong> Barros Carvalho discorre que “por exi​gibilida<strong>de</strong> havemos <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r o direito que o credor tem <strong>de</strong> pos​tu​lar, efetivamente, o objeto da obrigação, e isso tão<br />

só ocorre, como é ób​vio, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tomadas todas as providências necessárias à constituição da<br />

dívida, com a lavratura do ato <strong>de</strong> lançamento tributário. No período que antece<strong>de</strong> tal expediente,<br />

ainda não se tem o surgimento da obrigação tri​butária, inexistindo, consequentemente, crédito<br />

tributário, o qual nasce com o ato do lançamento tributário”2.<br />

Para os a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong>sse modo <strong>de</strong> ver, não há como imaginar a suspensão do crédito tributário<br />

<strong>de</strong>spido da precedência da exigibilida<strong>de</strong>, sem antes ter havido o lançamento, pois este é conditio<br />

sine qua daquela. Ainda que subsista causa suspensiva, v.g., uma liminar <strong>de</strong>ferida em mandado <strong>de</strong><br />

segurança, há via aberta para a feitura do lançamento, uma vez que a suspensão só vai operar, <strong>de</strong> fato,<br />

após a data em que o crédito se tornar exigível.<br />

Hugo <strong>de</strong> Brito Machado3 mostra que “a ‘exigibilida<strong>de</strong>’ nasce quando já não cabe reclamação nem<br />

recurso contra o lançamento respectivo, quer porque transcorreu o prazo legalmente estipulado para<br />

tanto, quer porque tenha sido proferida <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> última instância administrativa”.<br />

Nessa esteira, Ricardo Lobo Torres4 preleciona que somente há suspensão <strong>de</strong> crédito já lançado<br />

e conclui que, mesmo presente uma forma <strong>de</strong> suspensão, a Fazenda Pública po<strong>de</strong>rá efetuar o<br />

lançamento, tendo em vista que a suspensão só vai operar após a data em que o crédito se tornar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!