07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

cré​ditos a receber e a pagar, é possível afirmar que a inscrição em dívida ativa exige que o crédito do órgão seja certo,<br />

porém não obrigatoriamente líquido”.<br />

Curiosamente, Leandro Paulsen10 assevera que “o termo fixado no caput do art. 185 não impe<strong>de</strong><br />

o reconhecimento <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> venda anterior. Neste caso, porém, ausente a presunção<br />

legal, o Fisco terá <strong>de</strong> prová​-la”.<br />

Nessa toada, Luciano Amaro11 relembra que “se o sujeito passivo, tendo débito em execução,<br />

aliena bens ou rendas, a presunção legal <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> torna ineficaz o ato praticado, não importando se o<br />

<strong>de</strong>vedor o praticou a título oneroso ou gratuito”.<br />

O tema tem sido iterativamente exigido em provas <strong>de</strong> concursos públicos. Observe as assertivas<br />

adiante:<br />

a) “Não precisa a dívida inscrita estar em fase <strong>de</strong> execução, para que se presuma<br />

fraudulenta a alienação <strong>de</strong> bem efetuada por sujeito passivo insolvente, em débito para<br />

com a Fazenda Pública”.<br />

A assertiva foi consi<strong>de</strong>rada CORRETA, em prova realizada pela Esaf, para o cargo <strong>de</strong> Procurador da Fazenda Nacional,<br />

em 2007.<br />

b) “Em nosso sistema tributário, a presunção <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> à execução somente po<strong>de</strong> ser<br />

invocada pela Fazenda Pública nos casos <strong>de</strong> alienação ou oneração <strong>de</strong> bens do sujeito<br />

passivo após a inscrição do débito fiscal como dívida ativa”.<br />

A assertiva foi consi<strong>de</strong>rada CORRETA, em prova realizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Juiz Substituto/AL, em janeiro <strong>de</strong><br />

2007.<br />

c) “A dívida regularmente inscrita goza <strong>de</strong> presunção <strong>de</strong> certeza e liqui<strong>de</strong>z e tem o efeito <strong>de</strong><br />

prova pré​-constituída. Assim, com base na alteração introduzida no CTN pela Lei<br />

Complementar n. 118/2005, presume​-se fraudulenta a alienação ou oneração <strong>de</strong> bens ou<br />

rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por<br />

crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa”.<br />

A assertiva foi consi<strong>de</strong>rada CORRETA, em prova realizada pela FGV Projetos, para o cargo <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> <strong>Direito</strong>/PA, em<br />

2008.<br />

O problema para o <strong>de</strong>vedor que preten<strong>de</strong>, afoitamente, furtar​-se da tributação por esses métodos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!