07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

inscrição, a partir do qual “o presumir” adqui​re ares <strong>de</strong> <strong>de</strong>finitivida<strong>de</strong>, tornando​-se absoluto. A partir<br />

<strong>de</strong>sse ato, não mais se tolera qualquer forma <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> prova em sentido contrário, ensejando a<br />

cobrança dos valores em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Execução Fiscal. Assim, hodiernamente, para a configuração da<br />

frau<strong>de</strong> basta a inscrição do crédito tributário em dívida ativa.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova rea​lizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Procurador Judicial da Prefeitura do<br />

Recife/PE, em junho <strong>de</strong> 2008: “O termo inicial para a frau<strong>de</strong> à execução fiscal é a inscrição na dívida ativa”.<br />

Portanto, se o débito já está regularmente inscrito como dívida ativa, qualquer alienação ou<br />

oneração <strong>de</strong> bens ou rendas, ou seu começo​ pelo sujeito passivo em débito para com a Fazenda<br />

Pública, será consi<strong>de</strong>rada fraudulenta.<br />

Evi<strong>de</strong>ncia​-se, <strong>de</strong>sse modo, que a presunção <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> nasce por crédito tributário regularmente<br />

inscrito em dívida ativa, e não em outros momentos ina<strong>de</strong>quados, cujas citações, colhidas <strong>de</strong> provas<br />

<strong>de</strong> concursos, po<strong>de</strong>m ser aqui reveladas:<br />

a) “Com a constituição <strong>de</strong>finitiva do crédito tributário por meio da lavratura do auto <strong>de</strong><br />

infração”;<br />

A assertiva INCORRETA foi solicitada em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Procurador do Município <strong>de</strong><br />

Aracaju/SE, em 2008.<br />

b) “Com o crédito tributário <strong>de</strong>finido em <strong>de</strong>cisão administrativa irreformável, que se<br />

encontre em fase <strong>de</strong> cobrança administrativa”;<br />

A assertiva INCORRETA foi solicitada em prova realizada pela Esaf, para o cargo <strong>de</strong> Auditor do Tesouro Municipal –<br />

Fortaleza/CE, em 2003.<br />

c) Des<strong>de</strong> que o crédito tributário esteja em fase <strong>de</strong> execução.<br />

A redação dada pela Lei Complementar n. 118/2005 veio ratificar o entendimento <strong>de</strong> que a mera<br />

inscrição em dívida ativa – ato <strong>de</strong> controle no âmbito administrativo da legalida<strong>de</strong> da conduta<br />

fazendária, no qual se apuram a liqui<strong>de</strong>z e certeza do crédito tributário –, e não mais a efetiva<br />

propositura da ação <strong>de</strong> execução fiscal, já se mostra bastante para configurar a frau<strong>de</strong> na alienação<br />

ou na oneração <strong>de</strong> bens, o que espelha um aumento das garantias do crédito tributário.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Juiz Fe<strong>de</strong>ral Substituto<br />

(TRF/5ª Região), em 2009: “Supondo​-se que um órgão público apresente, em seu patrimônio, em 31/12/2008, valores <strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!