07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

aproveita aos <strong>de</strong>mais se inclui entre os efeitos da solidarieda<strong>de</strong>”.<br />

b) Quanto à extensão dos efeitos da isenção e da remissão, ressalvados os benefícios <strong>de</strong> outorga<br />

pessoal, cite​-se um elucidativo exemplo: João, José e Pedro são três coproprietários <strong>de</strong> uma<br />

área urbana ribeirinha, <strong>de</strong>vendo​-se, assim, pagar o IPTU no valor total <strong>de</strong> R$ 300,00. Caso haja<br />

isenção pessoal, v.g., para João, os <strong>de</strong>mais – José e Pedro – continuarão como co<strong>de</strong>vedores<br />

solidários <strong>de</strong> R$ 200,00, ou seja, R$ 100,00 para cada, indicando​-se o saldo.<br />

c) A interrupção da prescrição, por sua vez, em benefício ou em prejuízo <strong>de</strong> um co<strong>de</strong>vedor,<br />

esten<strong>de</strong>​-se a todos. Memorize: havendo interrupção a favor <strong>de</strong> um, beneficia​-se a todos;<br />

havendo interrupção contra um, prejudica​-se a todos. As causas interruptivas da prescrição<br />

estão previstas nos incisos I ao IV do parágrafo único do art. 174 do CTN:<br />

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua<br />

constituição <strong>de</strong>finitiva.<br />

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:<br />

I – pelo <strong>de</strong>spacho do juiz que or<strong>de</strong>nar a citação em execução fiscal;<br />

II – pelo protesto judicial;<br />

III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o <strong>de</strong>vedor;<br />

IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo <strong>de</strong>vedor.<br />

Na prática, tal comando tem sido suscitado para arguir a prescrição no caso <strong>de</strong> extemporâneo<br />

redirecionamento <strong>de</strong> execução fiscal sobre os sócios, <strong>de</strong>vedores solidários com a pessoa jurídica.<br />

Após prolatado o <strong>de</strong>spacho citatório da pessoa jurídica <strong>de</strong>vedora, em data “x”, interrompe​-se a<br />

prescrição, zerando a contagem dos cinco anos (art. 174, parágrafo único, I, CTN). Tal medida<br />

esten<strong>de</strong>r​-se​-á aos sócios da empresa <strong>de</strong>vedora, caso se tenha sobre eles o ulterior redirecionamento<br />

da execução fiscal, haja vista o efeito da solidarieda<strong>de</strong> que lhes beneficia. Aliás, se isso ocorrer em<br />

prazo superior a 5 anos, a contar da data “x”, ter​-se​-á a prescrição.<br />

3 RESPONSABILIDADE DE DEVEDORES SUCESSORES<br />

A responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>vedores sucessores ou, simplesmente, responsabilida<strong>de</strong> dos sucessores<br />

está disciplinada nos arts. 129 a 133 do CTN. Aqui a obrigação se transfere para outro <strong>de</strong>vedor em<br />

virtu<strong>de</strong> do “<strong>de</strong>saparecimento” do <strong>de</strong>vedor original. Esse <strong>de</strong>saparecimento po<strong>de</strong> ser, v.g., por morte<br />

do primeiro <strong>de</strong>vedor, recaindo o ônus sobre os her<strong>de</strong>iros, ou por venda do imóvel ou

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!