07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o Exame <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>m Nacional, em 2007:<br />

“Não se aplica a anistia a atos praticados com simulação pelas pes​soas jurídicas beneficiadas”.<br />

Note o item (adaptado) consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pela PUC/PR, para o cargo <strong>de</strong> Procurador Municipal<br />

<strong>de</strong> Curitiba/PR, em 2007: “A anistia não se aplica aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que,<br />

mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, frau<strong>de</strong> ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em<br />

benefício daquele”.<br />

Observação: item semelhante, solicitado em prova realizada pela FEPESE/UFSC, para o cargo <strong>de</strong> Procurador do<br />

Município <strong>de</strong> Balneário Camboriú, em 2008, reproduziu o teor da assertiva acima, trocando o nome “anistia” por<br />

“isenção”, o que o tornou INCORRETO.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pelo IPAD (Recife/PE), para o cargo <strong>de</strong> Fiscal <strong>de</strong> Tributos da<br />

Prefeitura <strong>de</strong> Barreiros/PE, em 2008: “A anistia também se aplica aos crimes e contravenções praticados pelo sujeito<br />

passivo da obrigação tributária”.<br />

Art. 180. A anistia (...), não se aplicando:<br />

I – aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam<br />

praticados com dolo, frau<strong>de</strong> ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;<br />

II – salvo disposição em contrário, às infrações resultantes <strong>de</strong> conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou<br />

jurídicas.<br />

Nos casos apresentados, “<strong>de</strong>scaberia a aplicação da lei que <strong>de</strong>clarasse anistiada a infração”28.<br />

Observa​-se, no inciso II do art. 180, a cláusula “salvo disposição em contrário”, nos casos <strong>de</strong><br />

infrações resultantes <strong>de</strong> conluio entre pessoas​ naturais ou jurídicas. É sabido que o conluio – “o<br />

concerto voluntário entre mais <strong>de</strong> uma pessoa para a prática do ilícito”29 – pressupõe o dolo. Nessa<br />

medida, não se torna aceitável o entendimento, com espeque na cláusula mencionada, segundo o qual,<br />

havendo disposição legal permissiva, será possível esten<strong>de</strong>r a anistia a infrações resultantes <strong>de</strong><br />

conluio entre pessoas. Se há proibição <strong>de</strong> anistia para as infrações dolosas, consoan​te o inciso I do<br />

art. 180, torna​-se paradoxal a aceitação, ainda que em grau <strong>de</strong> ressalva, da anistia para o conluio.<br />

Por <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro, repise​-se a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>spacho concessivo do favor em comento não gera<br />

direito adquirido (art. 182, parágrafo único, do CTN), conforme já se explicou alhures neste<br />

capítulo.<br />

Observe o dispositivo legal:<br />

Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por <strong>de</strong>spacho da autorida<strong>de</strong><br />

administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do<br />

cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.<br />

Parágrafo único. O <strong>de</strong>spacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando​-se, quando cabível, o disposto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!