07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Luciano Amaro3, com precisão, versa sobre o tema, afirmando que “o Código Tributário<br />

Nacional <strong>de</strong>ixa expressa a proibição <strong>de</strong>, por analogia, exigir​-se tributo (art. 108, § 1º). A par disso,<br />

também não a autoriza para reconhecer isenção (art. 111, I ou II), nem para aplicar anistia (art. 111,<br />

I), nem para dispensar o cumprimento <strong>de</strong> obrigações acessórias (art. 111, III)”.<br />

d) Art. 175, parágrafo único, do CTN: mesmo com a exclusão do crédito tributário, não se<br />

dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, ou seja, caso haja a concessão <strong>de</strong> isenção do<br />

ICMS (obrigação principal), a norma isentante não implica a dispensa da emissão <strong>de</strong> nota fiscal<br />

(obrigação acessória).<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Advogado(a) Júnior da<br />

Petrobras, em 2007: “A lei concessiva <strong>de</strong> isen​ção tributária dispensa o contribuinte do cumprimento das correspon<strong>de</strong>ntes<br />

obrigações tributárias principal e acessórias”.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pela UFMT, para o cargo <strong>de</strong> Gestor Municipal da Prefeitura <strong>de</strong><br />

Cuiabá/MT, em 2007: “O CTN trata da exclusão do crédito tributário. Em face disso, é possível afirmar que a isenção<br />

tributária exclui o crédito tributário, mas não dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigações acessórias<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da obrigação principal”.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​li​zada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Procurador do Mu​nicípio <strong>de</strong><br />

Aracaju/SE, em 2008: “A exclusão do cré​dito tributário <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma obrigação principal acar​reta a dispensa do<br />

cumprimento das obrigações acessórias <strong>de</strong>la <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes”.<br />

Observe o preceptivo:<br />

Art. 175. (...)<br />

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou <strong>de</strong>la consequente. (Grifos nossos)<br />

e) Art. 179, § 2º, do CTN: caso tenhamos a anulação <strong>de</strong> uma lei concessiva <strong>de</strong> isenção, que não<br />

tenha sido concedida em caráter geral, haverá a exigência dos tributos e dos juros, em regra. A<br />

imposição <strong>de</strong> multa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do comportamento do beneficiário:<br />

I – se ele tiver agido com dolo, para se beneficiar da norma exonerativa sem a merecer, haverá a incidência da multa,<br />

cobrando​-se, portanto, “tributo + juros + multa”. Neste caso, o tempo <strong>de</strong>corrido entre a concessão da isenção e sua<br />

revogação não se computará para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito;<br />

II – se ele tiver agido sem dolo, não haverá a incidência da multa, exigindo​-se tão somente “tributo + juros”. Neste caso,<br />

a revogação só po<strong>de</strong>rá ocorrer antes <strong>de</strong> prescrito o referido direito.<br />

Frise​-se que as mesmas disposições <strong>de</strong>vem ser aplicadas à anulação <strong>de</strong> uma lei anistiadora,<br />

conforme o art. 182, parágrafo único, do CTN, respeitadas as adaptações no plano da exigibilida<strong>de</strong>,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!