07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

cinco autônomas exações: impostos, taxas, contribuições <strong>de</strong> melhoria, empréstimos compulsórios e<br />

as contribuições.<br />

Observe o elucidativo trecho do voto do ministro do STF, Moreira Alves, em 29-06-1992, no RE<br />

n. 146.733-9/SP (Pleno):<br />

“De fato, a par das três modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tributos (os impostos, as taxas e as contribuições <strong>de</strong> melhoria), a que se<br />

refere o art. 145, para <strong>de</strong>clarar que são competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e os<br />

Municípios, os arts. 148 e 149 alu<strong>de</strong>m a duas outras modalida<strong>de</strong>s tributárias, para cuja instituição só a União é<br />

competente: o empréstimo compulsório e as contribuições sociais, inclusive as <strong>de</strong> intervenção no domínio econômico<br />

e <strong>de</strong> interesse das categorias profissionais ou econômicas”. (Grifos nossos)<br />

Da mesma forma, reveja, ainda, o didático trecho do voto do ministro do STF, Carlos Velloso, em<br />

1º-07-1992, no RE n. 138.284/CE (Pleno), por nós visualmente organizado:<br />

“As diversas espécies tributárias, <strong>de</strong>terminadas pela hipótese <strong>de</strong> incidência ou pelo fato gerador da respectiva obrigação (CTN, art. 4º)<br />

são as seguintes:<br />

(1) a) os impostos (CF, arts. 145, I,153, 154, 155 e156);<br />

(2) b) as taxas (CF, art. 145, II);<br />

(3) c) as contribuições, que po<strong>de</strong>m ser assim classificadas:<br />

c.1. <strong>de</strong> melhoria (CF, art. 145, III);<br />

c.2. parafiscais (CF, art. 149), que são:<br />

c.2.1. sociais,<br />

c.2.1.1. <strong>de</strong> segurida<strong>de</strong> social (CF, art. 195, I, II, III),<br />

c.2.1.2. outras <strong>de</strong> segurida<strong>de</strong> social (CF, art. 195, § 4º),<br />

c.2.1.3. sociais gerais (o salário-educação, SESI, SENAI, SENAC, (...));<br />

c.3. especiais;<br />

c.3.1. <strong>de</strong> intervenção no domínio econômico (CF, art. 149) e<br />

c.3.2. corporativas (CF, art. 149) (...)<br />

(4) d) os empréstimos compulsórios (CF, art. 148)”.<br />

Embora as duas <strong>de</strong>cisões do STF, posto que contemporâneas, apresentem certa divergência<br />

quanto ao número exato <strong>de</strong> tributos – cinco, no primeiro julgado, e, aparentemente, quatro, neste<br />

último –, fica assente que o Pretório Excelso ratifica o entendimento segundo o qual, além dos<br />

impostos, taxas e contribuições <strong>de</strong> melhoria, incrementam o sistema tributário nacional os<br />

empréstimos compulsórios (art. 148) e as contribuições (art. 149). “Assim sendo, para a<br />

classificação dos tributos terá que se levar em conta o disposto nos arts. 148 e 149”24.<br />

Por fim, é importante frisar que o critério da pentapartição prestigia os tributos finalísticos – os<br />

empréstimos compulsórios e as contribuições (art. 149, CF) –, ou seja, exações em que a<br />

<strong>de</strong>nominação e a <strong>de</strong>stinação são <strong>de</strong>stacadas pelo próprio legislador constituinte, não tendo o fato<br />

gerador qualquer relevância para a i<strong>de</strong>ntificação da natureza jurídica do tributo, como ocorre com os<br />

impostos, taxas e contribuições <strong>de</strong> melhoria.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!