07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Insta mencionar que todos os entes tributantes estão obrigados a observar as normas gerais <strong>de</strong><br />

<strong>Direito</strong> Tributário, as quais estarão estabelecidas em leis complementares, conforme <strong>de</strong>termina o art.<br />

146, III, da CF.<br />

2.1 Competência tributária e capacida<strong>de</strong> tributária ativa<br />

A competência tributária é in<strong>de</strong>legável, intransferível, inalterável e irrenun​ciável, uma vez<br />

que admitir a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competência para instituir um tributo é admitir que seja a Constituição<br />

alterada por norma infra​constitucional.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pelo Fun<strong>de</strong>p, CAU/MG, para o cargo <strong>de</strong> Advogado, em 2014: “A<br />

competência tributária é in<strong>de</strong>legável, salvo atribuição das funções <strong>de</strong> arrecadar ou fiscalizar tributos, ou <strong>de</strong> executar leis,<br />

serviços, atos ou <strong>de</strong>cisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica <strong>de</strong> direito público a<br />

outra”.<br />

Note o art. 8º do CTN:<br />

Art. 8º O não exercício da competência tributária não a <strong>de</strong>fere a pessoa jurídica <strong>de</strong> direito público diversa daquela a<br />

que a Constituição a tenha atribuído.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Procurador Judicial da<br />

Prefeitura <strong>de</strong> Ipojuca/PE, em 2009: “Segundo o CTN, o sujeito ativo da obrigação tributária é toda pessoa física ou jurídica<br />

que pratica o fato gerador do tributo, pessoalmente ou por representantes legais”.<br />

A competência tributária é política e in<strong>de</strong>legável (art. 7º, caput, CTN), não se confundindo com a<br />

capacida<strong>de</strong> tributária ativa, que é “admi​nistrativa e <strong>de</strong>legável”.<br />

O exercício da competência tributária, conquanto irrenunciável e intransferível, po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rado facultativo. De fato, no plano da conveniência, cada ente tributante <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> sobre o<br />

exercício da competência tributária. Não obstante, o art. 11 da Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal (LC n.<br />

101/99) dispõe que, no plano <strong>de</strong> gestão fiscal da pessoa política, <strong>de</strong>ve haver a instituição <strong>de</strong> “todos”<br />

os tributos que compete à entida<strong>de</strong>, sob pena <strong>de</strong> sanções (art. 11, parágrafo único). O dispositivo<br />

merece interpretação cautelosa, pois o legislador quis, salvo melhor juízo, estimular a instituição do<br />

tributo economicamente viável, cuja competência estaria ina<strong>de</strong>quadamente estanque. Portanto,<br />

enten<strong>de</strong>mos que é <strong>de</strong>fensável a facultativida<strong>de</strong> do exercício da competência tributária, uma vez que o<br />

art. 11 da Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal não traduz, incontestavelmente, mecanismo efetivo <strong>de</strong><br />

obrigatorieda<strong>de</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!