07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

direito público a outra (...).<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pelo IPAD (Recife/PE), para o cargo <strong>de</strong> Auditor Municipal da<br />

Prefeitura <strong>de</strong> Gravatá/PE, em 2008: “Compete à União instituir o ITR, todavia a competência legislativa para aumentar<br />

esse tributo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>legada aos Municípios”.<br />

A propósito da competência tributária, que não admite <strong>de</strong>legação, atente para a assertiva<br />

abaixo, consi<strong>de</strong>rada “incorreta”:<br />

A assertiva foi consi<strong>de</strong>rada INCORRETA, em prova rea​lizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Auditor do Tribunal <strong>de</strong> Contas do<br />

Estado <strong>de</strong> Alagoas (TCE/AL), em março <strong>de</strong> 2008.<br />

“O ITR é <strong>de</strong> competência da União. Contudo, os Municípios, nos termos da lei, po<strong>de</strong>rão optar em arrecadar e fiscalizar<br />

este imposto, conforme autoriza a Constituição Fe<strong>de</strong>ral. Neste caso o Município que assim optar será titular da<br />

‘competência tributária <strong>de</strong>legada’”.<br />

Em tempo, quanto ao ITR, não é <strong>de</strong>masiado relembrar que a competência tributária permanece<br />

com a União, po<strong>de</strong>ndo haver a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> tributária ativa, conforme previsão na<br />

Lei n. 11.250/2005.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Defensor Público do Estado do Pará<br />

(1ª Entrância), em 2009: “A competência para instituição do ITR é da União, mas a capacida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá ser transferida<br />

aos Municípios que optarem pela arrecadação e fiscalização <strong>de</strong>ste tributo, nos termos da lei”.<br />

Frise​-se que o legislador constituinte <strong>de</strong>rivado (EC n. 42/2003) trouxe uma condição: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

da ativida<strong>de</strong> não resulte uma redução <strong>de</strong> imposto ou qualquer forma <strong>de</strong> renúncia fiscal. Isso é<br />

bastante natural, uma vez que as renúncias fiscais, v.g., isenção do imposto, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> lei, em<br />

homenagem ao princípio da legalida<strong>de</strong> tributária, o que implica que só a União, titular da<br />

competência, <strong>de</strong>tém o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> afastar legalmente a incidência do imposto.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Analista do Comércio Exterior<br />

(MDIC), em 2008: “Mesmo que um município opte por cobrar o ITR e por fiscalizar seu pagamento, ele não tem o direito<br />

<strong>de</strong> estabelecer isenção <strong>de</strong>sse tributo para terras localizadas em sua área”.<br />

Impen<strong>de</strong> mencionar, ainda, que a atribuição das funções administrativas, no bojo da <strong>de</strong>legação <strong>de</strong><br />

capacida<strong>de</strong> tributária ativa, po<strong>de</strong> indicar, por <strong>de</strong>terminação legal, que os recursos arrecadados serão<br />

<strong>de</strong> livre disponibilida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>legatária, para fins <strong>de</strong> sustentação das finalida<strong>de</strong>s<br />

precipuamente institucionais. Quando tal circunstância ocorre, exsurge o fenômeno conhecido por<br />

“parafiscalida<strong>de</strong>”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!