07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A assertiva (adaptada) foi consi<strong>de</strong>rada CORRETA, em prova realizada pela Esaf, para o cargo <strong>de</strong> Analista Jurídico/CE,<br />

em 2006.<br />

A<strong>de</strong>mais, <strong>de</strong>monstra que o campo <strong>de</strong> incidência patrimonial do crédito tributário é o mais<br />

abrangente possível, quer no plano material, quer na seara pessoal. No plano material, alcançam​-se<br />

todos os bens e rendas, <strong>de</strong> qualquer natureza ou origem3, incluindo os bens gravados por ônus real ou<br />

cláusula <strong>de</strong> inalienabilida<strong>de</strong> ou impenhorabilida<strong>de</strong> – sem que se relevem, nestes casos, a data da<br />

constituição do ônus ou da cláusula –, excetuados, unicamente, os bens e rendas que a lei <strong>de</strong>clare<br />

absolutamente impenhoráveis. Já no plano pessoal, atinge​-se o <strong>de</strong>vedor principal, bem como seu<br />

espólio ou sua massa falida. É fácil perceber que há forte restrição à intocabilida<strong>de</strong> patrimonial do<br />

particular.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pela OAB/SP, em 2008: “Todos os bens do sujeito passivo<br />

respon<strong>de</strong>m pelo crédito tributário, mesmo os hipotecados ou penhorados, salvo se o ônus real for anterior à constituição<br />

do respectivo crédito”.<br />

É imperioso registrar que a onipresença do crédito tributário sobre o patrimônio do particular<br />

alcança até mesmo os bens gravados por ônus real ou por cláusulas <strong>de</strong> inalienabilida<strong>de</strong>,<br />

impenhorabilida<strong>de</strong> ou incomunicabilida<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do elemento temporal e cronológico<br />

<strong>de</strong>ssas condicionantes.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​li​zada pelo Cespe/UnB, para o cargo <strong>de</strong> Auditor Fiscal do Tesouro<br />

Municipal, em 2007: “Lúcia, visando esquivar​-se do pagamento <strong>de</strong> tributo fe<strong>de</strong>ral, gravou com cláusula <strong>de</strong><br />

impenhorabilida<strong>de</strong> seu apartamento. Nessa situação, promovida a execução fiscal, o apartamento <strong>de</strong> Lúcia não po<strong>de</strong>rá<br />

ser penhorado”.<br />

Observa​-se, assim, que se afasta “da isenção da penhora os bens gravados com cláusulas <strong>de</strong><br />

inalienabilida<strong>de</strong> e suas rendas ou rendimentos, para respon<strong>de</strong>rem pela dívida <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> do<br />

<strong>de</strong>vedor da Fazenda Pública”4.<br />

A exceção, que se mostra intangível pelo ubíquo alcance do crédito tributário, é o bem ou renda<br />

<strong>de</strong>clarados pela lei como absolutamente impenhoráveis. Veja que há nítida exclusivida<strong>de</strong> no bem<br />

ressalvado. E não se disse “bem ou renda, <strong>de</strong>clarados por ato voluntário do particular”, mas<br />

“<strong>de</strong>clarados pela lei”!<br />

Não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> mencionar, todavia, que a parte inicial do art. 184 faz menção a possíveis

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!