07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

da relação jurídico​-tributária, na condição <strong>de</strong> “su​jeito ativo”, pois é titular do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> exigir o<br />

tributo, conforme o art. 119 do CTN, in verbis:<br />

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica <strong>de</strong> direito público, titular da competência para exigir o<br />

seu cumprimento. (Grifo nosso)<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pelo MPE/GO, para o cargo <strong>de</strong> Promotor <strong>de</strong> Justiça Substituto,<br />

em 2014: “O titular da obrigação tributária é a pessoa jurídica <strong>de</strong> direito público, titular da competência legislativa, que é<br />

in<strong>de</strong>legável em nenhuma hipótese”.<br />

Por fim, impen<strong>de</strong> mencionar que a atribuição das funções administrativas, no bojo da <strong>de</strong>legação<br />

<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> tributária ativa, po<strong>de</strong> indicar, por <strong>de</strong>terminação legal, que os recursos arrecadados<br />

serão <strong>de</strong> livre disponibilida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>legatária, para fins <strong>de</strong> sustentação das finalida<strong>de</strong>s<br />

precipuamente institucionais. Quando tal circunstância ocorre, exsurge o fenômeno conhecido por<br />

parafiscalida<strong>de</strong>, o que impõe, em certos casos, a <strong>de</strong>nominação das contribuições especiais, previstas<br />

no art. 149, caput, da CF, <strong>de</strong> contribuições parafiscais.<br />

Entretanto, não se po<strong>de</strong> confundir a parafiscalida<strong>de</strong> com a chamada “sujeição ativa auxiliar”,<br />

quando ocorre a arrecadação do tributo pelo ente <strong>de</strong>legatário, mas em nome do ente político<br />

competente para instituir o tributo. Vale dizer que o “sujeito ativo auxiliar”, diferentemente da entida​<strong>de</strong><br />

parafiscal, é um mero agente que tem a função <strong>de</strong> recolher e repassar o tributo ao ente político.<br />

Assim, é dado relevante nessa sistemática saber pa​ra quem se dirige o produto da arrecadação.<br />

Exemplo: quando pagamos a conta <strong>de</strong> luz ou <strong>de</strong> telefone à concessionária respectiva, ali seguirá o<br />

ICMS re​colhido. A entida<strong>de</strong> arrecadadora <strong>de</strong>verá repassá​-lo ao Estado​-membro, na condição <strong>de</strong><br />

mera intermediária no processo arrecadatório <strong>de</strong>ssa exação estadual.<br />

2.2 Detalhando a classificação da competência tributária<br />

A competência tributária po<strong>de</strong> ser classificada em: (I) privativa; (II) comum; (III) cumulativa;<br />

(IV) especial; (V) residual; e (VI) extraordinária. É vital ao estudioso do <strong>Direito</strong> Tributário que<br />

conheça os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> cada espécie.<br />

2.2.1 Competência privativa<br />

É o po<strong>de</strong>r que têm os entes fe<strong>de</strong>rativos para instituir os impostos que são enumerados<br />

exaustivamente na Constituição Fe<strong>de</strong>ral. Nesse passo, “<strong>de</strong>signa​-se privativa a competência para criar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!