07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Inciso V<br />

Art. 149. (...)<br />

V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da ativida<strong>de</strong> a que se refere o<br />

artigo seguinte; (...)<br />

Comentários<br />

Haverá lançamento <strong>de</strong> ofício quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no<br />

exercício da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> constituição do crédito <strong>de</strong>scrita no art. 150 do CTN, que <strong>de</strong>fine o lançamento por homologação.<br />

Assim, se o sujeito passivo não antecipar o pagamento ou, fazendo​-o, recolher a menor, caberá a autorida<strong>de</strong> administrativa proce<strong>de</strong>r<br />

ao lançamento <strong>de</strong> ofício.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Agente Fiscal <strong>de</strong> Rendas do Estado<br />

<strong>de</strong> São Paulo, em agosto <strong>de</strong> 2009: “O lançamento <strong>de</strong> ofício é cabível para aquele tributo cujo anterior lançamento por<br />

homologação tiver sido comprovadamente feito com omissão ou inexatidão, por parte <strong>de</strong> pessoa legalmente obrigada”.<br />

3.3. Análise do inciso VII (art. 149)<br />

Inciso VII<br />

Art. 149. (...)<br />

VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, frau<strong>de</strong> ou simulação;<br />

(...)<br />

Comentários<br />

O comando é prolixo, pois seu contexto po<strong>de</strong> estar inserido nos incisos II a IV, caso as condutas ilícitas (dolo, frau<strong>de</strong> ou simulação)<br />

manifestem​-se na <strong>de</strong>claração ou nas informações a que o sujeito passivo esteja obrigado a prestar, ou, até mesmo, no inciso V, caso<br />

o recolhimento (ou o não recolhimento) <strong>de</strong>corra <strong>de</strong> tais condutas ilícitas.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Auditor do Tribunal <strong>de</strong> Contas do<br />

Estado <strong>de</strong> Ala​goas (TCE/AL), em março <strong>de</strong> 2008: “O lançamento po<strong>de</strong> ser efetuado e revisto <strong>de</strong> ofício quando se<br />

comprove que o sujeito passivo agiu com dolo, frau<strong>de</strong> ou simulação”.<br />

3.4. Análise do inciso VIII (art. 149)<br />

Inciso VIII<br />

Art. 149. (...)<br />

VIII – quando <strong>de</strong>va ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; (...)<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pelo NCE/UFRJ, para o cargo <strong>de</strong> Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal<br />

<strong>de</strong> Santana/AP, em 2007: “Sobre o lançamento efetua​do e revisto <strong>de</strong> ofício pela autorida<strong>de</strong> administrativa, tal situação ocorrerá<br />

quando <strong>de</strong>va ser apreciado fato conhecido ou provado por ocasião anterior”.<br />

Comentários<br />

O comando dispõe sobre a apreciação <strong>de</strong> fato não conhecido ou não provado à época do lançamento anterior. Diz​-se que este<br />

lançamento teria sido perpetrado com erro <strong>de</strong> fato, ou seja, <strong>de</strong>feito que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretação normativa para sua verificação.<br />

Frise​-se que não se trata <strong>de</strong> qualquer “fato”, mas aquele que não foi consi<strong>de</strong>rado por puro <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> sua existência. Não é,<br />

portanto, aquele fato, já <strong>de</strong> conhecimento do Fisco, em sua inteireza, e, por reputá​-lo <strong>de</strong>spido <strong>de</strong> relevância, tenha​-o <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> lado,<br />

no momento do lançamento.<br />

Se o Fisco passa, em momento ulterior, a dar a um fato conhecido uma “relevância jurídica”, a qual não lhe havia dado, em momento<br />

pretérito, não será caso <strong>de</strong> apreciação <strong>de</strong> fato novo, mas <strong>de</strong> pura modificação do critério jurídico adotado no lançamento anterior, com<br />

fulcro no art. 146 do CTN, a ser estudado oportunamente. Neste art. 146 do CTN, prevê​-se um “erro” <strong>de</strong> valoração jurídica do fato (o tal

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!