07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obe<strong>de</strong>ce à seguinte or<strong>de</strong>m:<br />

I. (...)<br />

II. (...)<br />

III. créditos tributários, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua natureza e tempo <strong>de</strong> constituição, excetuadas as multas tributárias;<br />

IV. créditos com privilégio especial, a saber: (...)<br />

V. créditos com privilégio geral, a saber: (...)<br />

VI. créditos quirografários, (...)<br />

VII. (...)<br />

VIII. créditos subordinados, a saber: (...)<br />

(...) (...) (...) (...) (...) (Grifos nossos)<br />

Dando sequência ao estudo, é relevante a dicção que consta dos dois parágrafos do art. 188 do<br />

CTN. Antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhá-los, observemo-los, panoramicamente:<br />

Art. 188. (...)<br />

§ 1º. Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens<br />

suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não pu<strong>de</strong>r efetuar a garantia da instância por<br />

outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.<br />

§ 2º. O disposto neste artigo aplica-se aos processos <strong>de</strong> concordata. (Grifo nosso)<br />

De início, impen<strong>de</strong> esclarecer que o § 1º do art. 188, acima transcrito, faz menção aos créditos<br />

tributários que se materializam nos encargos da massa falida, ou seja, aqueles vencidos ou vincendos<br />

após a <strong>de</strong>cretação da falência. Por sua vez, a menção à “concordata”, no § 2º, <strong>de</strong>manda retificação,<br />

uma vez que hoje se fala em “recuperação judicial”.<br />

Por fim, segundo o art. 188, § 2º, do CTN c/c o art. 192 da Lei n. 11.101/2005, as mesmas regras<br />

são aplicáveis aos processos <strong>de</strong> concordata (terminologia <strong>de</strong>caída) que estavam em andamento na<br />

data <strong>de</strong> entrada em vigor da Nova Lei <strong>de</strong> Falências. Observe:<br />

Art. 192. Esta Lei não se aplica aos processos <strong>de</strong> falência ou <strong>de</strong> concordata ajuizados anteriormente ao início <strong>de</strong> sua<br />

vigência, que serão concluídos nos termos do Decreto-Lei n. 7.661, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1945.<br />

Art. 188. (...)<br />

§ 2º. O disposto neste artigo aplica-se aos processos <strong>de</strong> concordata.<br />

Uma relevante questão que se põe diz respeito à penhora ocorrida antes ou <strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>cretação<br />

da falência. O bem fica sujeito à arrecadação do juízo falimentar ou do juízo fazendário fiscal?<br />

Apresentamos, adiante, um resumo do mecanismo:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!