07.04.2017 Views

Manual de Direito Tributario 8a Ed. Eduardo Sabbag 2016.pdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

tributária principal por uma série <strong>de</strong> razões que são valorizadas pelo legislador ao <strong>de</strong>finir a sujeição<br />

passiva tributária. Após <strong>de</strong>finir o fato gerador e, naturalmente, localizar a pessoa que <strong>de</strong>veria (ou<br />

po<strong>de</strong>ria) ocupar o polo passivo da obrigação tributária na condição <strong>de</strong> contribuinte, o legislador<br />

po<strong>de</strong> ignorar esse personagem e eleger como su​jeito passivo outra pessoa (que tenha relação com o<br />

fato gerador)”.<br />

Continua o ilustrado mestre10 <strong>de</strong>lineando que “não se confunda o sujeito passivo indireto com o<br />

sujeito passivo <strong>de</strong> tributo indireto. O dito tributo indireto é o que, embora onere o contribuinte (‘<strong>de</strong><br />

direito’), atinge, reflexamente, um terceiro (o chamado contribuinte ‘<strong>de</strong> fato’); por oposição, o tributo<br />

direto atinge o próprio contribuinte ‘<strong>de</strong> direito’ (que acumularia também a condição <strong>de</strong> contribuinte<br />

<strong>de</strong> ‘fato’). Sujeito passivo indireto (que po<strong>de</strong>, em princípio, estar presente tanto em tributos diretos<br />

como também em tributos indiretos) é um terceiro que (‘<strong>de</strong> direito’ e não ‘<strong>de</strong> fato’) é eleito como<br />

<strong>de</strong>vedor da obrigação tributária”.<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado INCORRETO, em prova rea​lizada pela FCC, para o cargo <strong>de</strong> Agente Fiscal <strong>de</strong> Ren​das do<br />

Estado <strong>de</strong> São Pau​lo, em agosto <strong>de</strong> 2009: “A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é possível<br />

afirmar que o contribuinte é sujeito passivo indireto e o responsável tributário é sujeito passivo direto”.<br />

Todavia, a lei não po<strong>de</strong> atribuir a responsabilida<strong>de</strong> tributária pelo pagamento <strong>de</strong> tributo a<br />

qualquer “terceiro responsável”, em razão do que dispõe o art. 128, que aclara e complementa o art.<br />

121, parágrafo único, II, ambos do CTN.<br />

Em primeiro lugar, o responsável é um terceiro, mas o legislador não tem liberda<strong>de</strong> para <strong>de</strong>signar<br />

“qualquer terceiro” como responsável tributário, porque o mencionado dispositivo legal <strong>de</strong>termina<br />

que o escolhido tenha uma vinculação mínima, <strong>de</strong> qualquer natureza, com o fato gera​dor da<br />

respectiva obrigação. Menos, é claro, aquela vinculação <strong>de</strong> natureza pessoal e direta, porque quem a<br />

tem é o contribuinte. Portanto, é <strong>de</strong> suma importância a aferição da intensida<strong>de</strong> do vínculo, que,<br />

existindo, <strong>de</strong>ve se mostrar na dosagem precisamente correta.<br />

Observe o teor do artigo:<br />

Art. 128. (...) a lei po<strong>de</strong> atribuir <strong>de</strong> modo expresso a responsabilida<strong>de</strong> pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada<br />

ao fato gerador da respectiva obrigação, ex​cluindo a responsabilida<strong>de</strong> do contribuinte ou atribuindo​-a a este em caráter<br />

supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. (Grifos nossos)<br />

Note o item consi<strong>de</strong>rado CORRETO, em prova realizada pela Procuradoria Geral do Estado do Pará (PGE/PA), para o<br />

cargo <strong>de</strong> Procurador do Estado do Pará, em 2009: “As hipóteses <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> pelo crédito tributário, já reguladas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!