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CIVIL ESQUEMATIZADO VOL 3

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1060/1652<br />

Também não pode o tutor emancipar voluntariamente o pupilo.<br />

A emancipação do tutelado dá-se por sentença judicial (CC, art. 5º,<br />

parágrafo único, I).<br />

O Código Civil, ao fixar a competência do tutor, igualmente distingue<br />

as obrigações de natureza pessoal daquelas que concernem aos interesses<br />

materiais do tutelado.<br />

■ 27.3.5.1. O exercício da tutela em relação à pessoa do menor<br />

O art. 1.740 do Código Civil indica as atribuições relativas à pessoa<br />

do menor, proclamando que “incumbe ao tutor”:<br />

I — Dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos,<br />

conforme os seus haveres e condição<br />

■ Educação<br />

Salienta Caio Mário da Silva Pereira[18] que “a obrigação mais importante<br />

da tutela é a assistência, a educação, a direção moral do pupilo”.<br />

E aduz: “É seu dever proporcionar-lhe o ensino fundamental,<br />

matriculando-o, obrigatoriamente, na rede regular de ensino (art. 55,<br />

ECA) e capacitá-lo para desenvolver aptidões para a vida produtiva através<br />

da formação profissional (art. 39 da Lei n. 9.394/96). A instrução<br />

de ensino médio e superior depende de suas condições econômicas<br />

e sociais”.<br />

■ Assistência material e moral<br />

O tutor obriga-se também à prestação de assistência material e moral<br />

ao menor, podendo opor-se a terceiros, inclusive aos pais, quando<br />

suspenso ou extinto o poder familiar (ECA, art. 33).<br />

■ Alimentos<br />

Quanto ao dever de prestar alimentos é preciso distinguir. Se o<br />

menor possui bens, obtempera Pontes de Miranda, “é sustentado e<br />

educado a expensas suas, arbitrando o juiz, para tal fim, as quantias,<br />

que lhe pareçam necessárias, atento ao rendimento da fortuna do pupilo,<br />

quando o pai ou a mãe não as haja taxado. Se o órfão não possui bens,<br />

mas tem parentes, obrigados, em direito, a prestar-lhe alimentos, deve<br />

o tutor providenciar, com a autorização do juiz, e de acordo<br />

com o pupilo, se esse já tem dezesseis anos, a fim de obtê-los amigável<br />

ou judicialmente”[19].

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