21.03.2019 Views

CIVIL ESQUEMATIZADO VOL 3

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

898/1652<br />

cônjuges ou companheiro do necessitado, cada vez que aqueles<br />

possam atender a tal incumbência”[2].<br />

O Estado tem, pois, interesse direto no cumprimento das normas que<br />

impõem a obrigação legal de alimentos, pois a inobservância ao seu<br />

comando aumenta o número de pessoas carentes e desprotegidas, que devem,<br />

em consequência, ser por ele amparadas. Daí a razão por que as aludidas<br />

normas são consideradas de ordem pública, inderrogáveis por<br />

convenção entre os particulares e impostas por meio de violenta<br />

sanção, como a pena de prisão a que está sujeito o infrator.<br />

Tradicionalmente, no direito brasileiro a obrigação legal de alimentos<br />

tem um cunho assistencial e não indenizatório. Essa característica<br />

transparece nitidamente no art. 1.702 do Código Civil, ao dispor que, “na<br />

separação judicial litigiosa, sendo um dos cônjuges inocente e desprovido<br />

de recursos, prestar-lhe-á o outro a pensão alimentícia que o<br />

juiz fixar, obedecidos os critérios estabelecidos no art. 1.694”.<br />

■ 24.2. NATUREZA JURÍDICA<br />

No tocante à natureza jurídica do direito à prestação de alimentos,<br />

embora alguns autores o considerem direito pessoal extrapatrimonial, e<br />

outros, simplesmente direito patrimonial, prepondera o entendimento<br />

daqueles que, como Orlando Gomes[3], atribuem-lhe natureza mista,<br />

qualificando-o como um direito de conteúdo patrimonial e finalidade<br />

pessoal.<br />

■ 24.3. ESPÉCIES<br />

Os alimentos são de diversas espécies, classificados pela doutrina segundo<br />

vários critérios, conforme quadro esquemático abaixo:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!