21.03.2019 Views

CIVIL ESQUEMATIZADO VOL 3

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1321/1652<br />

insanável, permite a lei a sua conversão, como decorrência direta do<br />

princípio da conversão dos negócios jurídicos.<br />

Flávio Tartuce e José Fernando Simão fornecem o seguinte exemplo<br />

de aplicação do instituto da conversão aos testamentos: “Imagine-se um<br />

testamento público que conta com a assinatura de quatro testemunhas<br />

(apesar de a lei só exigir duas), que, por um lapso, deixa de ser assinado<br />

pelo Tabelião. Como instrumento público, o testamento é nulo, mas<br />

converte-se em testamento particular (que só exige a presença de três<br />

testemunhas), ocorrendo a conversão formal, pois a forma pública nula<br />

converte-se em forma particular válida. Note-se que o negócio jurídico<br />

original é um testamento e o convertido também o é”[22].<br />

■ 12.8. RESUMO<br />

DA CAPACIDADE DE TESTAR<br />

■ A capacidade testamentária ativa constitui a regra. O art. 1.860 do CC declara que só não<br />

podem testar os incapazes e os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.<br />

■ Dentre os incapazes em geral, só os maiores de dezesseis anos, por exceção, podem testar<br />

(art. 1.860, parágrafo único), mesmo sem a assistência de seu representante legal.<br />

■ São incapazes para fazer testamento: os menores de 16 anos, os que não estiverem em seu<br />

perfeito juízo (CC, art. 1.860) e os surdos-mudos que não tiverem desenvolvimento mental<br />

completo (art. 4º, III).<br />

■ A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz<br />

se valida com a superveniência da capacidade (art. 1.861).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!