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CIVIL ESQUEMATIZADO VOL 3

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■ 4.3.1.5. Responsabilidade por ato de terceiro<br />

O médico responde não só por fato próprio como pode vir a responder<br />

por fato danoso praticado por terceiros que estejam diretamente<br />

sob suas ordens. Assim, por exemplo, presume-se a culpa do médico<br />

que mandou sua enfermeira aplicar determinada injeção da qual resultou<br />

paralisia no braço do cliente.<br />

■ 4.3.1.6. Dever de informar<br />

O dever de informar, previsto no art. 6º, III, do Código de Defesa do<br />

Consumidor, está ligado ao princípio da transparência e obriga o<br />

fornecedor a prestar todas as informações acerca do produto e do serviço.<br />

Esse princípio é detalhado no art. 31, que enfatiza a necessidade de serem<br />

fornecidas informações corretas, claras, precisas e ostensivas sobre os<br />

serviços, “bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança<br />

dos consumidores”.<br />

O aludido dever abrange o de se informar o médico acerca do progresso<br />

da ciência e sobre a composição e as propriedades das drogas que<br />

administra, bem como sobre as condições particulares do paciente, realizando,<br />

o mais perfeitamente possível, a completa anamnese. Integra ainda<br />

o grupo dos deveres de informação o de orientar o paciente ou seus familiares<br />

a respeito dos riscos existentes no tocante ao tratamento e aos<br />

medicamentos a serem indicados.<br />

■ 4.3.1.7. A perda de uma chance<br />

Assinala-se que o retardamento nos cuidados, desde que provoque<br />

dano ao paciente, pode importar em responsabilidade pela perda de<br />

uma chance. Consiste esta na interrupção, por determinado fato antijurídico,<br />

de um processo que propiciaria a uma pessoa a possibilidade de<br />

vir a obter, no futuro, algo benéfico, e que, por isso, a oportunidade<br />

ficou irremediavelmente destruída. Frustra-se a chance de obter uma<br />

vantagem futura.<br />

Essa perda de chance, em si mesma, caracteriza um dano, que será<br />

reparável quando estiverem reunidos os demais pressupostos da responsabilidade<br />

civil. A mais recente jurisprudência brasileira tem-se

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