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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1395 *vl?Dj (napash)<br />

“livra a m inha alm a” (Sl 6.4 [5]); co m yãsha.% “salva a alm a aos indigentes” (Sl 72.13); etc.<br />

O salm ista está confiante de que Deus até m esm o “rem irá” ipãdâ) sua vida da sepultura<br />

(Sl 49.15 [16]). Em todas essas passagens “vida”, “alm a”, eqüivale a pessoa.<br />

Em certas locuçOes regidas por preposição, a palavra tam bém apresenta essa noção<br />

de salvar a “vida”, isto é, o “indivíduo”. Nesse sentido é que Elias, “para salvar sua vida,<br />

se foi” (lit., “se foi para a sua vida” [*el napshô], 1 Rs 19.3); “guardai-vos por am or da<br />

vossa alm a” (Jr 17.21); etc. Q uando alguém arrisca a vida, diz-se que a pessoa “tom ou o<br />

nephesh nas próprias m ãos” (Jz 12.3; passim ).<br />

A lém disso, o vocábulo tam bém é geralm ente traduzido por “vida” depois de verbos<br />

com o sentido de “guardar”, “preservar”, “sustentar”, etc. É assim que ocorre com shãm ar,<br />

“guardar” (D t 4.9); com sãm ak, “suster” (Sl 54.6); com hásak, “reter [da sepultura]” (Sl<br />

78.50); etc.<br />

nepesh, “vida”, é preciosíssim a. Por isso o com andante suplica a Elias: “H om em de<br />

Deus, seja, peçc-te, preciosa aos teus olhos a m inha vida [nephesh], e a vida destes<br />

cinqüenta, teus servos” (2 Rs 1.13; 1 Sm 26.21); etc. Em algum as situações pode-se fazer<br />

um pagam ento em dinheiro em troca da vida 0cf. Êx 21.30; 30.12).<br />

N a fórm ula “vida por vida”, na lei de talião, nepesh denota o indivíduo em todo o seu<br />

valor, o “eu” vivente (Êx 21.23; Lv 24.18; D t 19.21; c f 1 Ks 20.39, 42; 2 Rs 10.24; etc.).<br />

N esse contexto tam bém situa-se Levítico 17.11, uma das m ais im portantes passagens<br />

no que diz respeito à clareza teológica e à nitidez de seu significado, passagem em que><br />

nepesh assum e grande im portância e que certam ente define o vocábulo com o sentido de<br />

“vida”, “porque a vida [nepesh] da carne [6õsãr] está no sangue”. Aqui o que está<br />

indicado é a vitalidade, a existência no seu vigor.<br />

Tam bém se diz, com freqüência que o inim igo am eaça a vida do indivíduo. Com esse<br />

sentido, o vocábulo ocorre com o objeto de: bãqash, “buscar” (Êx 4.19; p a ssim ); }ãrab, “ficar<br />

à espreita de” (Sl 59.3 [4]); etc. Às vezes, o que se tem em vista é a destruição, operada<br />

por D eus, da vida do indivíduo: “Não colhas a m inha alm a com a dos pecadores” (Sl 26.9).<br />

N ão chega, então, a ser surpresa que, em alguns contextos, a m elhor tradução de<br />

nepesh seja “pessoa”, “ser” (subst.), ou sim plesm ente os pronom es pessoais. W esterm ann<br />

diz que um a boa tradução da palavra pode tom ar por base em entas jurisprudenciais, a<br />

contagem de pessoas, a designação genérica de indivíduos (“as pessoas ...”) e os pronom es<br />

pessoais. Um exem plo do uso do vocábulo em contextos legais ju n to com partículas com o<br />

'asher ou ki é “Q uando ‘algum a pessoa’ [nepesh kt] fizer oferta de m anjares ao S E N H O R ...”<br />

(Lv 2.1; cf. 4.2; 5.1, 2; passim ). Tam bém , “porém , se ‘algum a pessoa’ [wéhannepesh<br />

ãsher], (...) com er a carne do sacrifício pacífico” (Lv 7.20; passim ). Sem elhantem ente a<br />

palavra tem esta conotação em enum erações: “Este é o povo que N abucodonosor levou<br />

para o exílio (...) oitocentas e trinta e duas pessoas [nepesh] ...” (Jr 52.28, 29; Êx 12.4,<br />

nassim ). O m esm o ocorre com “pessoas” no sentido genérico de um ou m ais indivíduos do<br />

povo, “Quando alguém fizer voto com respeito a pessoas...” (Lv 27.2; passim ). Com o<br />

ubstituto do pronom e pessoal, nepesh ocorre com freqüência com o sufixo pronom inal. É<br />

sim que Ló disse ao Senhor: “para poupar a m inha alm a [napshi = ‘m inha alm a’]” (lit.),<br />

to é, “para me poupar” (Gn 19.19; ARA, “salvando-m e a vida”; passim ). A. R. Johnson<br />

fere-se a esse em prego com o uma “perífrase pungente (i.e., profundam ente em ocional)<br />

do pronom e pessoal” (The vitality o fth e individual in the thought o f ancient Israel, 1964,<br />

p. 22).<br />

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