DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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leite (Gn 32.15, 16). A carne cie camelo é considerada comestível pelos árabes. Mas as leis
alimentares de Israel proibiam-na, visto que os camelos ruminam mas não têm casco
fendido (Lv 11.4; Dt Í4.7).
A capacidade que o camelo tem de passar longos períodos sem água tornou-o
apropriado para o comércio de especiarias (2 Cr 9.1), para transportar alimentos por
alguma distância, para transportar produtos de Gileade para o Egito (Gn 37.25), para
transportar tributos (2 Rs 8.9 e s.; 1 Cr 12.41) e para transportar dádivas para o Senhor
(Is 60.6). As caravanas eram c3e diversos tamanhos (Gn 24.10). Fazer os camelos ajoelharse
(Gn 24.11), descarregá-los e dar-lhes de comer (Gn 24.32) era tarefa costumeira
durante a viagem. Tirar água do poço para dar para os camelos, num ponto de parada,
era trabalho árduo: a disposição de Raquel em fazê-lo deu mostras de seu caráter e
respondeu à oração de Eliezer (Gn 24.10, 19, 20, 44, 46).
Os atacantes iam montados em camelos (Jz 6.5; 7.12; 8.21, 26) e freqüentemente
apoderavam-se dos camelos de seus inimigos (Jó 1.17; Jr 49.29. 32; 1 Sm 15.3; 27.9; 2 Cr
14.15 [14]; Is 30.6). Um episódio relaciona os despojos de 50 000 camelos (1 Cr 5.21).
Senaqueribe relaciona camelos entre os despojos que ele tomou de Judá. Os camelos eram
um meio rápido de fuga (1 Sm 30.17). Rabá de Amom é ameaçada de tornar-se pastagem
para camelos (Ez 25.5).
A riqueza de homens como Abraão (Gn 12.16; 24.35), Jacó (Gn 30.43) e Jó era
contada (juntamente com seus outros r-ebanho-s) pelo número de seus camelos. Jó teve
3 000 antes de sua aflição e 6 000 depois (Jó 1.3; 42.12). Davi tinha urna pessoa
especialmente encarregada de seus camelos (1 Cr 27.30). À semelhança de outros tipos
de rebanho, os camelos foram vítimas de uma das pragas no Egito (Êx 9.3; cf. Zc 14.15).
Os que voltaram do Egito possuíam 435 camelos (Ed 2.67; cf. Ne 7.68).
Albright tem argumentado que o camelo não chegou a ser extensamente domesticado
senão na Idade do Ferro (c. 1200 a.C.). Ele sustenta que as referências patriarcais são um
tanto quanto anacrônicas e que o nômade comum daquela época dependia do jumento
(SAC, p. 164-5). Ele, no entanto, admite que “a domesticação parcial e esporádica pode ter
ocorrido alguns séculos antes". J. P. Free reuniu indícios de uso de camelos em data mais
remota, embora os dados que ele apresenta não precisem ser forçados a ponto de dizer que
o nomadismo com jumento não era o mais comum (FREE, J. P., .L\'ES, 3:187-93). Depois
disso K. Kitchen trouxe a lume mais dados que demonstram que o camelo já estava
domesticado na Idade do Bronze Antiga (veja PARROT, Andre, Syria, 32:323).
B ib liogra fia : FREE, Joseph P., Abraham’s camels, JNES, 3:187-93. — ISSERLIN, B.
S., On some possible occurrences of the camel in Palestine, PEQ, 50-3. — Lambert, W. G.,
The domesticated camel in the second millennium: evidence from Alalakh and Ugarit,
BASOR, 160:42-3. — THAT, v. 1, p. 426-8.
J.P.L.
361 CC3 (gm m ). Aceita como raiz de:
361a
(gam ) d e novo, igu alm ente.
361b (m'gammâ) Significado incerto, talvez “ h o rd a s”. (IIc 1.9).
gam. N ovam en te, igu alm en te, tanto, m as, a té m esm or sem elh a n tem en te, de igual
m odo, d a m esm a form a que, então, em boray com , m esm o. Partícula que ocorre mais
de 750 vezes,gani dá a idéia de acréscimo. É muitas vezes repetida numa sentença, caso
em que as traduções mais freqüentes são: tanto... quanto; ou... ou; nem... nem. Às vezes,
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