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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1714 -.râ {‘ãshar)<br />

E. Jacob escreve em sua Theology ofth e Old Testarnent: “Já que a natureza humana<br />

pode ser definida mediante o tema da imagem de Deus, sua função pode ser designada<br />

com o uma im itação de Deus. Isso implica uma dupla obrigação por parte do homem<br />

(poderíam os dizer uma dupla perspectiva): um olho voltado para Deus e o outro para o<br />

m undo” (p. 173). Essa “dupla perspectiva” impede que o justo de algum a m aneira oprima<br />

aqueles que estâo numa condição inferior. Deus espera que assim com o o homem, que<br />

recebeu tanto perdão, corresponda perdoando aos outros, também aquele que foi tratado<br />

com um gesto gracioso extraordinário pelo Mestre da eternidade, trate favoravelm ente os<br />

indefesos. O provérbio explica: “O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a<br />

este honra o que se compadece do necessitado” (Pv 14.31).<br />

A opressão é, por conseguinte, um pecado grave contra o qual Israel foi advertido nos<br />

mais duros termos. Jam ais se deve oprimir ('ãshaq) nem roubar igãzal) o próxim o (Lv<br />

19.13) nem um em pregado contratado, seja este um israelita ou um migrante estrangeiro<br />

(Dt 24.14). E ridículo o pobre que oprime os necessitados (Pv 28.3). Aqueles que tinham<br />

m aiores probabilidades de serem maltratados e oprimidos eram aqueles sem defesa<br />

adequada para os seus direitos, i.e., a viúva, o órfao, o migrante e o pobre. Contra estes<br />

não se devia praticar nem m aquinar atos maldosos (Zc 7.10; veja-se Jr 7.6). Tais atos de<br />

opressão são má-fé contra Iavé (veja-se Lv 6.1-7 [5.21-26]). De tais abusos ostensivos de<br />

privilégios e poder o profeta Samuel pôde dem onstrar total inocência (1 Sm 12.3-4). O rei,<br />

que era um regente sob as ordens de Iavé, tinha, com o tarefa divina, a incum bência de<br />

vindicar aqueles que eram oprimidos pelos homens perversos (Jr 21.12). O rei devia<br />

“esm agar o opressor” (widakke ‘ôshéq, Sl 72.4). Assim estaria im itando a Iavé, que<br />

“executa atos de justiça e juízo a favor de todos os oprim idos” (Sl 103.6, IBB; veja-se Sl<br />

105.14; 1 Cr 16.21; Sl 146.7).<br />

Entretanto, um dos pecados bastante disseminados e persistentes de muitos<br />

israelitas era oprimir os pobres e os fracos e com eter atos flagrantes de extorsão contra<br />

os m igrantes (Ez 22.29; Os 12.7 [8], “ama a opressão”; Am 4.1; Mq 2.2; Ml 3.5). Para tais<br />

atos o castigo de Iavé é justo: “serás oprimido e roubado todos os teus dias; e ninguém<br />

haverá que te salve” (Dt 28.29; cf. v. 33). Contudo, em seu juízo Deus se lem bra da<br />

misericórdia. Israel, que é oprimido por outros devido às suas próprias ações opressoras<br />

(Os 5.11), ainda verá a redenção divina (Jr 50.33-34).<br />

Um a vez (erroneamente!) Deus é acusado de oprim ir os justos (Jó 10.3). Os justos<br />

podem, entretanto, orar para que Iavé os preserve de atos de opressão (Sl 119.121-22).<br />

Dois usos raros do verbo ‘ãshaq encontram-se em Jó 40.23 (referindo-se a um rio<br />

turbulento, de forte correnteza) e em Provérbios 28.17 (alguém sobrecarregado com a<br />

culpa do sangue de quem assassinou secretamente).<br />

R.B.A.<br />

1714 “ tôi? (‘ãshar) s e r r ic o (qal); e n r iq u e c e r (hifil); fin g ir -s e r ic o (hitpael).<br />

Term os Derivados<br />

1714a (‘õsher) riq u eza s.<br />

1714b "TCPÇ (‘ãshir) r ic o (adj. e su bst.).<br />

1187

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