DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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figuradamente. Sob a liderança de Samuel o reino foi renovado em Gilgal (1 Sm 11.14).
Davi queria um espírito correto, equivalente a um coração limpo, renovado dentro de si
(Sl 51.10(12]). O profeta suplicou por renovação como dantes (Lm 5.21). Deus renova a
face do solo, isto é, concede nova vida (Sl 104.30), e renova o vigor do homem (Sl 103.5).
Jó reclamou que Deus estava trazendo novas testemunhas contra ele (Jó 10.17).
O uso do verbo, bem como de seus termos derivados, é comprovado no ugarítico (veja
UT, 19:843).
hãdãsh. N ovo, fr esco , recen te; co isa nova. Este adjetivo, que normalmente funciona
atributivamente, qualifica, como em português, uma variedade de objetos físicos (e.g.,
casa, esposa, cordas, espada, roupas, vaso, oferta de manjares, rei, portão, etc.). Também
é usado para conceitos não-materiais como nome (Is 62.2), cântico (Sl 149.1), aliança (Jr
31.31), as misericórdias de Deus (Lm 3.23), coração e espírito (Ez 36.26). Enquanto sofria,
Jó ansiava pelo tempo em que sua honra se renovaria dentro de si (Jó 29.20).
hõdesh. M ês; lu a n ova; m ensaL Embora esta palavra signifique basicamente “lua
nova”, é comumente usada como equivalente de nossa palavra “mês”, porque para os
hebreus o mês começava quando a lua crescente aparecia pela primeira vez ao pôr-do-sol.
Era usada ao lado da palavra yerah, menos comum e derivada de yãrêah, que significa
“lua”. (Notar especialmente 1 Rs 6.1, 37, 38 e 8.2, onde os termos são usados intercambiavelmente.
Embora yerah jamais seja usada como mês numerado, seu uso com o nome
do mês é atestado tanto em ugarítico quanto no AT. Veja UT, 19:1151). O calendário
hebreu usava meses lunares adaptados a um ano solar. Isso era feito adicionando-se um
mês a aproximadamente cada três anos, pois a soma dos dozes meses era aproximadamente
onze dias menor que o ano solar. No Israel antigo, o primeiro dia de cada mês, ou
lua nova, era determinado pelo toque de trombetas. Os meses tinham a duração de 30
dias (observar Gn 7.11; cf. 8.3, 4), exceto quando a lua nova era observada antes.
Somente quatro dos nomes dos meses usados na história mais antiga de Israel estão
registrados no AT: abibe, o primeiro mês (Êx 13.4), zive (zife), o segundo mês (1 Rs 6.1),
etanim, o sétimo mês (1 Rs 8.2), e bul, o oitavo mês (1 Rs 6.38). Com maior freqüência os
meses eram designados por seu número. (Notar especialmente 1 Cr 27.1-15, onde todos
são alistados por número.) Mais tarde, nomes babilônicos foram incorporados na língua
hebraica. Destes, sete são mencionados no AT: nisã, o primeiro (Ne 2.1), sivã, o terceiro
■Et 8.9), elul, o sexto (Ne 6.15), quisleu, o nono (Zc 7.1), tebete, o décimo (Et 2.16), sebate,
o décimo primeiro (Zc 1.7) e adar, o décimo segundo (Et 3.7).
O primeiro mês, abibe/nisã, começava na primavera com o equinócio vemal. Isso foi
ordenado em Êxodo 12.2, 18. De acordo com Êxodo 23.16 e 34.22, todavia, a Festa da
Colheita (celebrada no sétimo mês, Lv 23.39) era celebrada ao final do ano (provavelmente
o ano agrícola). A Festa das Trombetas (Lv 23.23-25; Nm 29.1-6) era celebrada no
primeiro dia do sétimo mês, e é hoje celebrada como o ano novo judaico (Rosh Ilashanah).
As^im, há indícios de um calendário alternativo mais velho, que começava no outono. O
aso de hõdesh para “os consumir com as suas porções’' (Os 5.7) pode significar que os
falsos adoradores seriam destruídos no mês seguinte. É possível ainda que a oferta vã dos
ímpeninentes traga com ela a sua ruína (c f KD), ou ainda que a participação numa festa
pagã à lua nova cause a ruína dos ímpios (cf. ib).
Quando hõdesh se refere apenas ao início do mês, é naturalmente traduzido por “lua
”, que indicava um dia festivo. Era uma das festas designadas e se acha alistada
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