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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1582 epj? (‘ãp)<br />

1582 (áüp) I, voar, voar ao redor de, voar p a ra longe.<br />

Term os Derivados<br />

1582a<br />

1582b<br />

(‘ôp ) criaturas voadoras (isto é, aves ou insetos).<br />

Cap‘ap) pálpebra,<br />

‘üpy verbo em pregado basicam ente no qal e raram ente nos graus intensivos, significa<br />

“voar ao redor de” e tam bém “voar em bora”, i.e., “desaparecer”. O ugarítico ‘p e o árabe<br />

‘áfa têm significados parecidos.<br />

N ão é de surpreender que a ação desse verbo seja atribuída a aves (Pv 23.5; 26.2; Is<br />

31.5; Hc 1.8; Gn 1.20; Dt 4.17). Na realidade, apenas nas duas últimas referências a ação<br />

de voar é m encionada sem o desenvolvim ento de uma símile.<br />

Esse vocábulo tam bém é em pregado em referência a seres angelicais. Os serafins de<br />

Isaías 6 têm , cada um, seis asas. Com duas asas cobrem o rosto, com duas cobrem os pés<br />

(um eufem ism o para nudez) e com duas voam (Is 6.2, 6). M ontado num querubim lavé voa<br />

pelo céu (Sl 18.10 [111 = 2 Sm 22.11). Ezequiel descreve os querubins com o criaturas de<br />

quatro asas e quatro rostos acom panhados de rodas giratórias. As asas dos querubins de<br />

ouro cobriam o propiciatório (Êx 37.9). O querubim de Salm os 18.10 [11] talvez deva ser<br />

considerado uma personificação do vento. lavé é descrito com o aquele que vem m ontado<br />

sobre as nuvens e o vento (Sl 104.3; Is 19.1).<br />

A passagem de Daniel 9.21, que na ARA apresenta o anjo Gabriel voando, é objeto de<br />

grande debate. No AT os anjos parecem assum ir form a hum ana e geralm ente não voam .<br />

Pode-se até m esmo alegar que Gênesis 28.12 pressupõe que anjos não têm asas. O<br />

problem a em Daniel 9.21 é se a palavra em questão deriva da raiz 'üp ou da raiz y ã ‘êp,<br />

“estar exausto”. Aceitando-se esta última palavra, a capacidade de voar não seria então<br />

atribuída a anjos. No entanto, parece igualmente estranho que anjos fiquem exaustos,<br />

m as a ação desse verbo talvez pudesse ser atribuída a Daniel, que poderia estar fatigado<br />

de tanto orar e jejuar (cf. KD, loc. cit.). Entretanto, já que serafins e querubins têm asas<br />

e anjos apai^cem com asas em Enoque 61, talvez fosse m elhor aceitar as traduções<br />

tradicionais, “voam rapidam ente”. Presum ivelm ente anjos são capazes de aparecer em<br />

várias formas.<br />

Em Zacarias 5.1-2 um rolo im enso (9m x 4,5m, o m esm o tam anho do santo dos santos<br />

do tabernáculo ou do pórtico do tem plo de Salom ão), no qual estava escrita uma m aldição,<br />

é visto voando sobre a terra. É um sím bolo da ira de lavé e encontrará o seu alvo, os<br />

ladrões e os perjuros.<br />

O m ovim ento ascendente das faíscas (lit., “filhos da cham a”) é visto em Jó 5.7 para<br />

indicar que o destino do hom em é, certam ente, a tristeza. O m ovim ento das nuvens em<br />

Isaías 60.8 sugere os navios de m astros brancos que trazem os exilados de volta à terra.<br />

A vitória do exército escatológico de Israel contra a Filístia é assem elhada ao vôo de<br />

m ergulho de uma ave (Is 11.14; cf. BJ).<br />

O significado “voar para longe” ou “desaparecer” é em pregado com referência a vários<br />

assuntos. O salm ista, oprim ido pelos ím pios, está ansioso por fugir (da cidade?) e voar<br />

para o deserto, onde encontraria descanso (Sl 55.6 [7]). Zofar afirm a que os ím pios<br />

desfrutam um su cesio que é tão fugidio quanto um sonho (Jó 20.8). O sábio se acautela<br />

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