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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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793 m a (tôb)<br />

tô b . B om , agradáveL, belo, q u e d á p r a z e r , a leg re, ju b ila n te , p r e c io s o , correto ,<br />

ju s to . (Os substantivos tôb e tôbâ são tratados como usos substantivados do adjetivo, visto<br />

que não existe nenhuma distinção de sentido entre eles.) O hebraico muitas vezes<br />

em prega tôb quando, em português, usamos uma palavra mais específica, tal com o “belo”<br />

ou “caro”, “dispendioso”.<br />

Inúmeras passagens confirmam o uso de “bom” para designar o benefício prático ou<br />

econômico. As frutas do Éden (Gn 2.9) e o cereal do sonho de Faraó (Gn 41.5, 36) eram<br />

bons para comer. O “bem” que foi José ser feito escravo (Gn 50.20) incluiu benefícios<br />

práticos como comida e sobrevivência do povo. Desvantagens para a prática<br />

administrativa estavam envolvidas no modo de Moisés julgar, que “não (eral bom” (Êx<br />

18.17). Outros bens de natureza prática e indicados por este termo são: a promessa de<br />

vitória negada a Acabe (2 Cr 18.7); hospitalidade e amizade (Gn 26.29); conselho benéfico<br />

(2 Sm 17.7, 14); prosperidade econômica geral (1 Rs 10.7); prosperidade na lavoura (IBB;<br />

Os 10.1; cf. ARC, “bondade da terra”); e as intenções divinas (Am 9.4). Acerca da vida<br />

violenta (Pv 16.29) e de ações que minavam o moral da nação (Ne 5.9), diz-se que isso<br />

“não é bom”. O “bem” do trabalho pode ser referência ao ganho que se obtém com ele (Ec<br />

3.13; mas cf. RSV, “prazer”).<br />

“Bom” ou “bem ” é empregado para indicar uma ampla variedade de perspectivas<br />

abstratas. No que diz respeito à fama e à reputação, um bom nome é melhor do que<br />

descendentes (Is 56.5). Na sua lealdade com Aquis, seu senhor feudal, Davi é descrito<br />

como “bom” (1 Sm 29.9; RSV, “inculpável”; BLH, “fiel”). Eliú desafiou seus companheiros<br />

a determinar o que era bom no que dizia respeito ao que era verdadeiro e de valor (Jó<br />

34.4). Para os sábios, a lentidão em irar-se era mais desejável do que a força violenta do<br />

guerreiro ideal (Pv 16.32). De forma semelhante, a criança pobre e sábia era “melhor” do<br />

que o rei obstinado (Ec 4.13).<br />

O vocábulo pode também ter a denotação de bondade estética ou sensual. Descreve<br />

a beleza, ou desejabilidade, das “filhas dos homens” para os “filhos de Deus” (Gn 6.2), a<br />

beleza de Rebeca (Gn 24.16) e a beleza de Bate-Seba (2 Sm 11.2). 1 Samuel 16.12 diz que<br />

Saul era de “boa” aparência. O prazer experimentado por meio dos órgãos do sentido está<br />

implícito ao descrever certa cana aromática como “melhor” (Jr 6.20), e na opinião de<br />

Naamã de que as águas de Damasco eram “melhores” do que as águas barrentas do<br />

Jordão (2 Rs 5.12). A desejabilidade daquilo que agrada aos sentidos está presente na<br />

descrição de uma vindima como melhor do que outra (Jz 8.2).<br />

Com freqüência, “bom” significa “feliz”. Descreve o momento feliz do casamento de<br />

um rei (Sl 45.1 [2]}. Pode-se descrever um banquete alegre como um “dia bom” (lit., Et<br />

8.17; ARA, “festas”; cf. 1 Sm 25.8). O “coração bom” descreve felicidade (lit., 2 Cr 7.10 [ARA,<br />

“contente”!; Pv 15.15). A felicidade pode ser induzida pelo álcool (Ec 9.7).<br />

Uma expressão idiomática relacionada é “bom aos olhos de...” para expressar<br />

preferência ou vontade. Exemplos são a preferência de um escravo fugido por residir em<br />

determinado local (Dt 23.16; ARA, “onde lhe agradar”) e a escolha de maridos pelas filhas<br />

de Zelofeade (Nm 36.6). A vontade de Deus pode ser expressa dessa maneira (1 Sm 3.18).<br />

A expressão também descreve desejos pervertidos, pecaminosos (Gn 19.8; Jz 19.24). Em<br />

tais casos, a expressão idiomática não tem, em si só, significado moral.<br />

tôb pode incluir idéias de qualidade superior ou de valor relativo. Desse modo<br />

descreve o ouro “puro” de Havilá (Gn 2.12) e a alta qualidade de óleos aromáticos (Ct 1.3;<br />

ARA, “ungüentos”). A obra artesanal de qualidade é assim designada (Is 41.7), como<br />

também a qualidade ou nobreza do caráter humano.<br />

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