DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2339 KU0 (s h w ’)
2337 cnô? (shõham) p e d r a p r e c io s a , p r o v a v e lm e n te ô n ix (e.g., Gn 2.12; Êx 25.7).
2338 Kltt? (shw'). I. Aceita como raiz de:
2338a (shãw 0 va cu id a d e, vaid a d e, fa lsid a d e.
Esse substantivo aparece 52 vezes no AT, com m aior freqüência em Salmos (15 vezes),
Ezequiel (oito vezes), Jó (seis vezes) e Jerem ias (cinco vezes, apenas na expressão
adverbial lashshãw, “em vão”, “inutilm ente”, “à toa”, e sem pre antes do verbo: 2.30; 4.30;
6.29; 18.15 [talvez]; 46.11).
O uso mais fam iliar de shãw ’ se encontra no terceiro mandamento, “não tomarás
o nome do SENHOR teu Deus em vão” (Êx 2 0 .7 ; Dt 5 .1 1 ). Literalmente a frase diz: “não
erguerás o nome de Iavé teu Deus lashshãw (a mesma construção existente em
Jerem ias e m encionada acima). Antes de exam inar a passagem do decálogo, será
instrutivo observar com o se usa a palavra em outras passagens.
É inquestionável que o sentido básico de shãw ’ é o de “vacuidade”, “vaidade”. O
vocábulo designa tudo aquilo que é impalpável, irreal e sem valor, quer na esfera m aterial
quer na moral. É, por conseguinte, uma palavra que designa ídolos’ (da mesma maneira
com o hebel, “vaidade’*, também é uma designação de ídolos [sem valor]). Salmos 24.4 pode,
então, ser traduzido assim: “aquele que não ergueu a mente a um ‘ídolo’”. Dahood (Psalms
/, AB, p. 151) relaciona diversas passagens (Sl 26.4; 31.6 [71; 119.37; Is 1.13; Jr 18.15; Jó
31.5) com essa implicação, embora ocorram dúvidas quanto a algumas (especialm ente Jó
31.5 e Is 1.13).
N ão apenas ídolos são “enganos”, mas também as palavras de um falso profeta que
pinta de cor-de-rosa e fica adocicando uma situação tenebrosa (Lm 2.14, Ez 13.6-9, 23).
É evidente que uma pessoa que toma o nome do Senhor (i.e. sua reputação) “em vão”,
está tentando ocultar uma vida profana, longe de Deus, ou um juram ento falso em nome
de Deus. Mas também inclui usar o nom e do Senhor de forma superficial, sem reflexão
ou por costume. Isso talvez seja captado pela LXX, que traduz lashshãw’ por epi mataiõ,
“im pensadam ente”.
B ib lio g r a fia : — CHILDS, B. The book o f Exodus. W estminster, 1974. p. 388, 409-12.
— THAT. v. 2, p. 882-3.
2339 KTd (shw 0. II. A c e ita c o m o r a iz de:
2339a mTKÍD (shô’â)> mKÚ? (shõ'â) d ev a sta çã o , ru ín a .
2339b (mesh ô’ã), (mesh õ ’á) d eso la çã o .
2339c nKTÜFi (fshu ’â) b a ru lh o (e.g., Is 22.2; Jó 39.7).
V.P.H.
s h ô ’â. D e s tr u iç ã o , d e so la çã o . O vocábulo é usado numa cena no deserto (Jó 30.3),
sendo certam ente o máximo da desolação. Talvez Jó 38.27 descreva uma cena parecida
num ambiente de terra habitável. Ou a palavra talvez descreva a intensidade de uma
tem pestade, arrasando tudo o que encontra pelo cam inho (Pv 1.27; Ez 38.9). A partir
dessas referências passamos para os usos restantes de shô a, em que a palavra se tom a
uma designação do juízo divino.
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