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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2388 HDÜ (shãkar)<br />

B ib lio g ra fia : Artigos acerca da estrutura física do tabernáculo podem ser achados<br />

em qualquer dicionário ou enciclopédia bíblica clássica. Mencionam-se aqui apenas livros<br />

e artigos que ressaltam aspectos lingüísticos ou teológicos. — CHILDS, B. The book o f<br />

Exodus. Westminster, 1974. p. 512 e ss. — CROSS, F. The priestly tabem acle. Biblical<br />

Archaeologist Reader. v. 1, p. 201-28, esp. p. 224-6. — MlCHAEUS, W. skêné. In: TDNT.<br />

v. 7, p. 368 e ss. — WEINFELD, M. Deuteronomy and the Deuteronomic school. Oxford,<br />

Clarendon, 1972. esp. p. 191 e ss. The concept o f God and the divine abode. — T hat. v.<br />

2, p. 904-8.<br />

V.P.H.<br />

2388 I<strong>DO</strong> (shãkar) I, e s ta r b êb a d o, em b ria gar-se.<br />

2388a<br />

(shêkãr) b eb id a forte.<br />

2388b f “DEÍ (shikkõr) b êb a d o (subst.).<br />

2388c (shikkãrôn) em b ria gu ez.<br />

Termos Derivados<br />

Esse verbo é empregado 19 vezes no AT, 12 delas nos livros proféticos. No grau qal<br />

(10 vezes) o verbo é intransitivo, “estar bêbado”. No piei e no hifil (quatro vezes em cada<br />

grau) ele é transitivo, “embriagar”.<br />

Com bem poucas exceções, empregam-se shãkar e seus derivados num contexto<br />

altamente desfavorável e negativo. Deve-se, no entanto, assinalar as poucas passagens<br />

em que se usa a raiz num sentido aceitável. Gênesis 43.34 diz que os irmãos de José “com<br />

ele beberam e se ‘embriagaram’” (BJ; ARA, “se regalaram”). A ênfase está na sociabilidade,<br />

não no beber até ficar bêbado. Em segundo lugar, a “bebida forte” devia ser usada na<br />

oferta de libação (Nm 28.7), a qual obviamente não devia ser bebida, mas derramada<br />

como oferta ao Senhor. Em terceiro lugar, o dízimo anual a ser dado ao Senhor, que era<br />

o proprietário da terra, podia ter bebida forte como um de seus elementos (Dt 14.26). Em<br />

quarto lugar, podia-se usar shêkãr como um estimulante: “Dai bebida forte aos que<br />

perecem" (Pv 31.6; e Mt 27.34; Mc 15.23 na cruz; a KJV traz “vinagre” em Mt 27.34, mas<br />

os melhores textos dizem que é “vinho”; mais tarde Jesus aceitou o vinagre (diluído], Mt<br />

27.48). Em quinto lugar, Cantares 5.1. De modo que, dos quase 60 usos da raiz shãkar,<br />

somente cinco se referem a algo bom e aceitável.<br />

As Escrituras registram diversos casos de embriaguez provocada por shêkãr: 1) Noé<br />

(Gn 9.20-27); 2) Nabal (1 Sm 25.36); 3) Amnom (2 Sm 13.28-29); 4) Elá (1 Rs 16.9); 5)<br />

Ben-Hadade I (1 Rs 20.16). De especial interesse são aquelas passagens que indicam que<br />

Deus envia embriaguez ao povo. Desse modo lê-se em Jeremias 13.13 “eis que eu encherei<br />

de embriaguez a todos os habitantes desta terra (...) e aos reis (...) e aos sacerdotes e aos<br />

profetas”, e em Isaías 63.6, “embriaguei-os no meu furor”. A idéia é de que a embriaguez<br />

designa desamparo. Assim sendo, Deus diz a seu povo: “Sustentarei os teus opressores<br />

com a sua própria carne, e com o seu próprio sangue se embriagarão” (Is 49.26). Nessa<br />

passagem “embriagar-se” significa “estar indefeso”; uma tradução livre poderia ser “farei<br />

com que os teus opressores fiquem totalmente indefesos”. Cf. Jeremias 25.27; 51.39, 57.<br />

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