DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

2369 “ira (shãhar)
2368c n n n p (s h a h ã r ü t) n eg ru m e d os ca b elo s, Le., in ício d a ju v e n tu d e (Ec
11.10).
2368d i n - n ç W h a r h õ r ) escu ro (Ct 1.10).
2369 "TO (s h ã h a r) II, b u sca r ced o, p r o c u r a r sin cera m en te. Verbo denominativo.
Substantivo de Origem
2369a (sh a h a r ) a lvora d a .
2369b "intDO (mishhãr) a lv o ra d a (Sl 110.3).
Com apenas uma exceção, todas as 13 ocorrências de s h ã h a r se encontram no grau
piei. A única exceção é o particípio do qal em Provérbios 11.27, “Quem ‘procura’ o bem
alcança favor”. Na maioria das vezes Deus é o objeto da busca: Jó 8.5; Salmos 63.1 [21;
78.34; Isaías 26.9; Oséias 5.15. Dessas cinco passagens, quatro afirmam que a pessoa
procura sinceramente o Senhor em hora de aflição: Jó 8.5; Salmos 63.1 [21; 78.34; Oséias
5.15. Em Isaías 26.9, o adorador simplesmente declara o seu imenso desejo de ter
comunhão com Deus.
O próprio Deus pode ser o agente da busca (Jó 7.21). A sabedoria pode ser o objeto
da procura: Provérbios 1.28; 8.17 (e cf. ainda VON RAD, Wisdom in Israel, p. 157 e ss.).
Apenas em Isaías 47.11 o verbo aparece num contexto negativo, e mesmo aí a tradução
é incerta.
sh a h a r. A lvora d a . Esse substantivo masculino geralmente denota o romper do dia,
aqueles momentos logo antes do nascer do sol. Alguns têm feito uma associação com os
textos de Ras Shamra, nos quais ê h r designa tanto o substantivo comum “alvorada”
quanto o nome de uma divindade, Alvorada. S a h a r, juntam ente com S a lim , são filhos de
uma mulher engravidada pelo deus El (UT 16: texto n? 52). A hipótese é então de que no
AT há referências (veladas) a essa divindade dos cananeus, ainda que de modo
desmitologizado.
É de interesse observar os verbos empregados junto com o substantivo s h a h a r . O
mais freqüente é 'ãlâ, “subir”, “levantarí-se)”. Cf. Gênesis 19.15, “quando a alvorada
levantou-se” (lit.; também Gn 32.24, 26 [25, 271; Js 6.15; Jz 19.25; 1 Sm 9.26; Jn 4.7; Ne
4.21 [15]). Outro verbo é ‘ú r y “acordar”, “despertar” (Sl 57.8 [9]; 108.2 [3]). Esses dois
versículos, que são idênticos e ocorrem em salmos paralelos, deviam ser traduzidos por
“acordarei de manhãzinha” ou “despertarei a alvorada” ou “despertarei S h a h a r”? Cf. Jó
38.12, em que a alvorada (s h a h a r) recebe uma tarefa diária da parte de Deus, embora
pareça óbvio que esse é um caso de licença poética. Pode-se supor que se tem também um
caso de licença poética quando o salmista (139.9) especula a respeito de montar sobre as
asas da alvorada ou naquelas referências às pálpebras da alvorada: Jó 3.9; 41.18 [10]
(Steadman).
A dificuldade maior dos intérpretes é Isaías 14.12, “como caíste do céu, ó Lúcifer”
(ARA, ó estrela da manhã, filho da alva [h êlêl ben s h a h a r]”). Ninguém há de negar
que a passagem ocorre no contexto de uma sátira sobre o rei de Babilônia. Contudo,
muitos cristãos têm entendido esse versículo (talvez junto com Ez 28) e, com base em
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