DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1579 ‘Jlfl (‘01)
m ã ‘ô z . L u g a r d e refú g io , m ein de. refú g io , p r o te ç ã o , b a lu a rte, fo r ta le z a . Como
acontece às vezes, o prefixo mem acrescenta à raiz verbal a idéia de “lugar” em que ocorre
a ação.
Lugares de refugio, quer naturais quer feitos pelo homem, podem ser indicados por
meio desta palavra, como uma montanha (Jz 6.26), um porto seguro (Is 23.4), cidades (Is
17.9) e o templo (Ez 24.25). Essas fortalezas, por nítido contraste com a pessoa de Deus,
não são invencíveis, mas, pelo contrário, sujeitas à destruição (Is 23.11, 14; Ez 30.15). O
substantivo também aparece possivelmente em Salmos 52.7 [9] (no entanto, aí a palavra
talvez derive de 'ãzaz, “ser forte”), mostrando a futilidade de procurar abrigo nas
riquezas.
O vucábulo também pode ser empregado figuradamente para dc3Ígnar a proteção
humana. Uma potência estrangeira, como o Egito, podia ser vista como um m eio de
proteção (Is 30.2, 3; aqui a proteção dada pelo Faraó é paralela da “som bra do Egito”).
Essa dependência do Egito era um problema comum de Israel, fazendo cair sobre este a
condenação dos profetas (Jr 42.7-17). Judá também tendia a ver falsamente o templo como
um sím bolo de segurança (Ez 24.25; c f Am 6.8; Jr 7.4; 26.4, 5, 6).
Com certeza o uso mais comum desta palavra é o figurado, que designa Deus como
o refugio de seu povo. Aqui se fazem cuidadosas distinções. Enquanto os ricos perversos
recusam o abrigo divino (Sl 52.7 (91), buscando refúgio em suas próprias riquezas, Deus
é a proteção dos pobres (Is 25.4), dos justos (Pv 10.29) e do seu povo em geral (Sl 28.8; J1
3.16 116]). O salmista refere-se a Deus com o o seu refugio (Sl 31.2, 4 [3, 5]; 43.2). O
homem é confrontado com a decisão de fazer de Deus o seu refugio (Is 27.5), pois é
possível, conforme Israel mesmo o fez, esquecer-se de Deus (Is 17.10). Ao passo que ele
é um local de abrigo em tempos de tribulações (Sl 37.39; Jr 16.19; Na 1.7), ele também
é um refúgio constante (Sl 27.1). Em meio à tristeza, a alegria do Senhor pode ser a nossa
força (Ne 8.10), sustentando-nos.
B ib lio g r a fia : — THAT, v. 2, p. 221-3.
C.S.
'TVÇ Cdwtl). Veja os n~ 1 579b. 1 580d.
1579 b-I? (*ül) I, a m a m en ta r. Esta raiz, cognata dos vocábulos árabes ‘âla, “dar de
m am ar”, e ‘ayyil, “neném”, designa a atividade de amamentação de animais
dom ésticos e do ser humano. O verbo ocorre quatro vezes, sem pre como particípio
ativo do qal.
Termos Derivados
1579a Cül) c r ia n ç a d e p e ito , la c te n te (Is 49.15; 65.20). O sinônimo mais
comum é o particípio ativo do qal àeyã n a q.
1579b ‘n .y üãwtl) ra p a z. Ocorre uma vez com clareza (Jó 21.11) e uma vez num
texto obscuro (Jó 19.18).
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