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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1074 p b (Ibn)<br />

manjares de ciúmes não se oferecia incenso (Nm 5.15). Também jogava-se incenso sobre<br />

os pães da proposição (Lv 24.7). Parece que o incenso foi um elemento tão característico<br />

do sistema sacrificial que o termo chegou até mesmo a ser usado para simbolizar todo o<br />

sistema (Is 43.23; Jr 6.20).<br />

Ele também podia simbolizar coisas caras e sensualidade (Ct 3.6; 4.6, 14).<br />

lebãn ôn . Líbano. A palavra geralmente refere-se à cordilheira do Líbano, que coincide<br />

mais ou menos com os atuais montes Líbano. Na ideologia do AT, “Líbano” era importante<br />

tanto como uma parte da terra prometida quanto como um símbolo literário para idéias<br />

tais como majestade, poder e esplendor.<br />

O Líbano na História do Antigo Testamento. Desde os primórdios o Líbano, ou parte<br />

dele, esteve incluído na terra prometida (Dt 1.7; Jz 3.3). O litoral libanês, isto é, a Fenícia,<br />

subindo para o norte e incluindo a terra dos gibleus (i.e., Biblos), está na lista das terras<br />

prometidas mas não conquistadas (Js 13.5). As atividades militares e comerciais dos<br />

hebreus no Líbano (1 Rs 9.19; 2 Cr 8.6) provavelmente se limitavam às montanhas mais<br />

baixas do monte Líbano, na fronteira do vale de Bekaa. A cordilheira do Líbano forneceu<br />

cedro para a construção dos templos do AT (2 Cr 2.8; Ed 3.7).<br />

O Líbano no Simbolismo Literário. O Líbano e seus cedros eram símbolo de grandeza<br />

nos provérbios populares (2 Rs 14.9), nas histórias folclóricas (Jz 9.15) e no linguajar mais<br />

literário dos profetas. O texto bíblico diz que o rei assírio indicou a grandeza de suas<br />

conquistas ao vangloriar-se qoe havia penetrado nos montes do Líbano (2 Rs 19.23). A<br />

grandeza de Deus se vê no fato de que ele plantou os cedros (Sl 104.16) e na maneira<br />

como o Líbano salta ao som de sua voz (Sl 29.5, 6). No entanto, tal é o poder de Deus que<br />

ele é capaz de também destruir aqueles cedros (Is 10.34). Os imponentes cedros são em<br />

outras passagens empregados como um símbolo apropriado para indicar homens<br />

orgulhosos e arrogantes (Ez 31.3). Eles também simbolizam a prosperidade crescente (Sl<br />

92.12).<br />

A região do Líbano também servia de imagem poética para aquilo que é misterioso<br />

e romântico, notavelmente em Cantares de Salomão. Faz-se referência ao Líbano em<br />

solicitações românticas (Ct 4.8, 11, 15; cf. 3.9). Suas conotações podem ter pesado na<br />

escolha de “Casa do Bosque do Líbano” como nome de um dos setores do palácio de<br />

Salomão (1 Rs 7.2).<br />

lebèn â. Tijolo. A maioria dos usos deste termo ocorre em contextos que mostram a fadiga<br />

e a futilidade dos esforços humanos. Um uso redundante, ao mesmo tempo sarcástico e<br />

poético, enfatiza que a Torre de Babel, um arquétipo do esforço humano futil, foi<br />

construída de tijolos (Gn 11.3). Vê-se novamente a futilidade quando os efraimitas<br />

apóstatas, os quais estavam sob juízo, afirmam desafiadoramente que reconstruirão os<br />

tijolos caídos de Samaria (Is 9.9). Fazer tijolos caracterizou a labuta dos hebreus no Egito<br />

(Êx 5.6-14). À luz disso, o tijolo usado por Ezequiel numa lição ilustrada (4.1) pode muito<br />

bem ter enfatizado a fadiga inútil do esforço defensivo dos judeus. Uma forma variante<br />

desta palavra refere-se à superfície que, em teofanias, fica debaixo dos pés de Deus (Êx<br />

24.10), uma superfície que numa outra passagem é chamada de “firmamento” (rãqla‘; Ez<br />

1.26).<br />

B ibliografia: — Lebanon. In: ZPEB. — VAN Beek, Gus, W . Frankincense and Myrrh.<br />

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