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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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2169 *HÇn (rãmâ)<br />

2169b triQIQ (mirmâ) engano, traição.<br />

2169c (formá) traição (Jz 9.31).<br />

2169d tn'D*n (tarm it) falsidade.<br />

Essa raiz está filológica mas não semanticamente relacionada com o acadiano ramú.<br />

Aparece oito vezes no AT, sempre no grau piei. O primeiro uso do verbo recebe a seguinte<br />

tradução: “Por que, pois, me enganaste?” (Gn 29.25). “Enganar” ajusta-se como uma boa<br />

tradução de rãmâ na maioria de suas ocorrências (Js 9.22; 1 Sm 19.17; 28.12; 2 Sm 19.27;<br />

Pv 26.19; Lm 1.19). Em certo texto bíblico, contudo, o significado é mais difícil. Em 1<br />

Crônicas 12.17 [181, Davi se dirige aos voluntários provenientes das tribos de Benjamim<br />

e Judá com as seguintes palavras: “porém, se é para me traíres com os meus inimigos”.<br />

Todos os eruditos e versões traduzem o verbo, que vem precedido pelo prefixo<br />

preposicional hebraico le, por “trair” ou “entregar”. Embora esse seja o único caso da<br />

palavra com essa tradução em todo o AT, parece estar bastante certa.<br />

rrm iyk. Afrouxamento, frouxidão, indolência, engano, fraude. Há uma controvérsia<br />

que já dura séculos a respeito de que sentidos devem ser associados a que raiz verbal e<br />

qual o número de raízes verbais envolvidas. BDB identifica três raízes distintas para<br />

rãm â; KB e os eruditos entre os rabinos identificam duas. KB está certo com base nos<br />

cognatos acadianos originais. Em primeiro lugar há r*míyâ, “afrouxamento”, “frouxidão”,<br />

“indolência”, “preguiça”, que são idéias encontradas em Jeremias 48.10; Oséias 7.16;<br />

Salmos 78.57; Provérbios 10.4; 12.24, 27; 19.15. Em “a ‘preguiça’ faz cair em profundo<br />

sono” (Pv 19.15), o vocábulo em questão deriva do rãmâ que é cognato do acadiano ramü,<br />

com a vogal u e com o significado de “afrouxar”. Em segundo lugar existe r^miyâ,<br />

“engano”, “fraude”, sentido encontrado em Jó 13.7; 27.4; Salmos 32.2; 52.4; 120.2-3;<br />

Miquéias 6.12. “Os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é ‘enganosa’ na sua<br />

boca” (Mq 6.12) é mais bem interpretado como derivado de rãmâ, “iludir”, que é cognato<br />

do acadiano ramu, com vogal i e com o sentido de “atirar”. (Embora KB indique que os dois<br />

substantivos derivam de rãmâ, “afrouxar”, cremos que é um engano. Não há nenhuma<br />

relação psicológica ou identificação semântica entre as duas formas de r*mlyâ. As duas<br />

simplesmente foram confundidas por terem grafia e pronúncia idênticas.<br />

m irm â. Engano, traição. Esse particípio ocorre quase 40 vezes no AT, sendo que o maior<br />

número de usos aparece em Salmos. Surge pela primeira vez em Gênesis 27.35,<br />

descrevendo o golpe aplicado por Jacó em Esaú. É utilizado de forma especial em<br />

referência a palavras traiçoeiras ou enganosas (Gn 34.13; Sl 10.7; 17.1; 24.4; et al.).<br />

m irm â também designa balanças com pesos falsos, as quais são chamadas de<br />

“enganadoras” (Am 8.5). Um emprego interessante se encontra em Jeremias 9.6: “vivem<br />

no meio da ‘falsidade’; pela ‘falsidade’ recusam conhecer-me”. O AT deixa claro que a fala<br />

enganosa é um dos delitos mais abomináveis contra Deus. No livro de Salmos, a repetição<br />

da raiz em promessas de que a oração e o louvor dos justos estão isentos de engano,<br />

reforça a importância de as pessoas serem autênticas e verdadeiras com o Senhor.<br />

tarm it. Falsidade. Esse substantivo feminino transmite a idéia abstrata de falsidade.<br />

A palavra ocorre cinco vezes no aT (Sl 119.118; Jr 8.5; 14.14; 23.26 [em que é o texto do<br />

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