DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

673 "TOn (hãmad)
673e
i”ibnü (mahmõd) coisa agradáveL
Em suas prim eiras ocorrências, de um lado o verbo hãmad descreve as árvores
“agradáveis” postas por Deus no Éden (Gn 2.9); de outro, a árvore proibida para Adão, a
qual tornou-se pecaminosa quando “desejada” (o mesmo particípio nifal) para tornar
alguém sábio (3.6). Sem elhantem ente, o substantivo hemed refere-se tanto a campos
“aprazíveis” (Is 32.12; lit., “campos de desejo”) quanto a jovens assírios, pagãos, “de
cobiçar" (Ez 23.6, 12, 23), que mostraram ser o tropeço de Israel.
Num sentido positivo, Salm os 39.11(121 fala da “beleza” do homem (ARC, particípio
passivo; ASV, marg., substantivo coletivo, “prazeres”; ARA, IBB, TB, “o que [ele] tem de
precioso”); c f o substantivo hãmuddim, “coisas agradáveis”, ou fausto (Lm 1.11; c f Pv
21.20). Por isso, quando Ageu prediz que “virá o Desejado de todas as nações” (ARC, 2.7),
provavelm ente não está-se referindo ao M essias (como no v. 96), mas sim às contribuições
de coisas preciosas (ARA. IBB, TB; hemdá) para a restauração do templo de Zorobabel (o
mesmo substantivo, 2 C r 36.10). A Sulam ita senta-se junto de seu amado “com grande
gozo”, hãmad, piei (IBB, TB, C t 2.3; lit., “Que eu me deleite e me assente”); ela diz que ele
é inteiram ente “am ável” (KJV, mahmad, um “desejo”, 5.16). O próprio Deus “desejou” que
Jerusalém fosse sua morada (IBB, Sl 68.16(171; cf. 106.24; J r 3.19; 12.10), e as
determ inações do Senhor são mais “desejáveis”, nehmãdim, do que o ouro (Sl 19.10(11];
veja Ed 8.27, objetos de cobre chamados hãmüdôt, “preciosidade”, como o ouro).
Mesmo quando escarnecedores “se deleitam ” em suas zombarias (IBB, Pv 1.22b), esse
deleitar-se parece-lhes algo bom, fazendo paralelo com “am ar” (1.22a; c f 12.12; Jó 20.20).
De modo análogo, para Judá as imagens tom aram -se as “suas coisas mais desejáveis”
(IBB, Is 44.9; TB, “coisas que os deleitam ”; veja 2.16); mas essa reação “é basicam ente
psicológica e apenas secundariam ente ética” (T\\'B, p. 64).
Num sentido negativo, porém, o décimo mandamento prescreve: “Não cobiçarás
(hãmadT (Ex 20.17), o que se refere a um “desejo desordenado, incontrolado, egoísta”
(BDB, p. 326). Israel não devia “cobiçar” (Dt 7.25) o ouro que enfeitava os ídolos, nem
prostitutas (Pv 6.25), nem pedaços de terra (Mq 2.2; c f Êx 34.24). O pecado de Acã em
Jericó foi que ele desejou (hãmad, Js 7.21) os despojos. Quando altos funcionários de Arã
referiram -se a tudo aquilo que era mahmad, “aprazível” aos olhos (1 Rs 20.6), eles
procuravam para saquear os mais desejáveis tesouros de Sam aria.
Em linguagem religiosa, “o desejo (hemdã) de m ulheres” (Dn 11.37) provavelm ente
era referência ao deus Tamuz-Adônis (KB, p. 308; Ez 8.14; ICC, “D aniel”, in loc.).
Conquanto o rei ungido por Deus surja como o desejo de Israel (1 Sm 9.20; compare 2 Cr
21.20), Isaías teve de prever para o servo messiânico uma ausência de beleza a fim de que
o desejássem os (hãmad), para que fossemos atraídos para ele (53.2).
h e m e d , h em d à. Desejável, agradáveL Com mais freqüência ocorre a forma fem inina
hemdá (17 vezes em contraste com as cinco ocorrências de hemed), “desejo”; também
adjetivo, “agradável”, “precioso”.
h ã m ü d ô t. A qualidade daquilo que é desejável, precioso; substantivo plural traduzido por
“(homem] mui amado” (Dn 9 .2 3 ; 1 0 .1 1 , 19), “pão agradável” ( 1 0 .3 ; KB, p. 3 0 9 , “(comida]
fina”), “melhor roupa” (Gn 2 7 .1 5 ) ou “jóias preciosas” (IBB, 2 C r 2 0 .2 5 ), mas também por