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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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287 +PTI? (bãrãq)<br />

20.25) e de um carro (Na 2.4(51).<br />

As 14 ocorrências que têm o sentido de “relâmpago” sào teologicamente significativas<br />

porque, em todos estes exemplos, relâmpago sempre está associado ao Senhor. Este<br />

fenômeno do céu inspira admiração e revela a grandeza e a separação de Deus em relação<br />

ao homem morta! e acompanha a Deus em suas teofanias.<br />

Para humilhar o descobridor de falhas intrépido, Jó, o Senhor o desafiou com uma<br />

pergunt “■Ordenarás aos reLâmpagos que saiam?” (Jó 38.35). Daniel foi deixado sem<br />

forças quando o Senhor lhe apareceu em uma visão como um homem cuja face tinha a<br />

aparência de um relâmpago (Dn 10.6 e s.).<br />

Relâmpagos acompanharam o Senhor quando ele deu a sua lei justa ao seu povo no<br />

Sinai Ex 19.16). Em outros lugares o termo aparece associado com a vinda de Deus em<br />

juízo contra os seus inimigos perversos. Na famosa visão de Ezequiel, o relâmpago<br />

resplandecente dentre os seres viventes falou do justo juízo de Deus sobre a terra (Ez<br />

1.13). De igual modo, os poetas de Israel descrevem as epifanias do Senhor dos Exércitos<br />

quando ele julga os seus inimigos, acompanhado por relâmpagos. Provavelmente, com<br />

referência as numerosas vitórias do Senhor sobre os seus inimigos por meio das quais ele<br />

demonstrou seu reino universal, o salmista celebra o relâmpago que participou destas<br />

vitórias 'Sl 97.4: cf. SI 135.7). Mais especificamente, a vitória de Deus sobre o Egito no<br />

Êxodo (Sl 77.1*\19]>, por meio de Davi, diante de seus adversários (2 Sm 22.15 = Sl<br />

18-14 [151 >. e de Israel sobre a Grécia (Zc 9.14) são todas enaltecidas, como tendo ocorrido<br />

com relâmpagos<br />

A associação de um relâmpago com o Senhor também serve de polêmica contra Baal,<br />

a principal di\ indade cananéia da natureza. Os textos e os artefatos ugaríticos retratam<br />

Baal como o deus do relâmpago, do fogo e da chuva. Por isso um texto reza: “Baal fez<br />

brilhar seus trovões” {‘nt, rv, 70), e ainda um outro diz: “Ele brilhou relampejando até a<br />

terra” (Text 51. v. 71». Em uma esteia ele é representado exibindo uma clava em uma das<br />

mãos e segurando um raio estilizado na outra (SCHAEFFER, C. F. A., The cuneiform texts<br />

o f lias Shamra-Ugarit (1936), placa XXXII, fig.2). A esteia indica que Baal Linha poder<br />

sobre o fogo e sobre o relâmpago. E contra tal pano de fundo que se deve ler a advertência<br />

de Jeremias: “Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos<br />

céus. [...] Mas o SENHOR é verdadeiramente Deus; ele é o Deus vivo e o rei eterno; do seu<br />

furor treme a terra. [...1 Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da<br />

terra e de debaixo destes céus. (...) Fazendo ele ribombar o trovão, logo há tumulto de<br />

águas no céu. (...]; ele cria os relâmpagos para a chuva, e dos seus depósitos faz sair o<br />

vento” (Jr 10.2-13; cf. 51.16). Na verdade Baal desapareceu da terra, mas o Senhor, o<br />

Criador-Redentor continua a ser adorado como Rei.<br />

bãrãq. B a ra q u e. Nome do filho de Abinoão, comandante militar de Quedes em Naftali,<br />

convocado pela profetiza Débora para formar um exército de israelitas do norte para fazer<br />

uma guerra contra os cananeus.<br />

O Baraque mencionado dez vezes em Juizes 4 e três no capítulo 5 convocou 10 000<br />

homens das tribos do norte, Zebulom e Naftali. Com tal exército ele expulsou e destruiu<br />

os exércitos cananeus de Jabim, sob o comando de Sísera. Ainda que Baraque tenha<br />

sofrido em comparação com Débora e Jael, duas mulheres notáveis daquele tempo, sua<br />

coragem e vitória são exaltadas no Cântico de Débora e Baraque, e no livro neotestamentário<br />

de Hebreus, onde ele é alistado no rol dos homens de fé, sem dúvida, como<br />

alguém que “subjugou reinos” (Hb 11.33).<br />

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