DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

1554 nzi? Cãbâ)
discute a questão do tempo de lazer, pois o homem trabalha enquanto existe luz do dia
(ÍSI 104.23; cf. Jo 11.9). Mas um claro ciclo de descanso também é outorgado ao homem,
no sétim o dia, com o um dever e uma bênção (Ex 20.9-10). Ao trabalhar seis dias, Israel
imitou a Deus, que trabalhou seis dias ao criar o cosmos. Dessa maneira, Israel
indubitavelmente dava para seus vizinhos pagãos, os quais adoravam os elem entos da
criação personificados como divindades, o testemunho de que adorava o criador
transcendente. O homem deve descansar, imitando assim a Deus, que descansa de seu
trabalho depois da criação (Êx 20.11; Dt 5.14-15). Também deveriam ser comemorados
dias especiais de festa em que não se devia realizar nenhuma “obra servil” (Lv 23.7-8, 21,
25, 35, 36; Nm 28.25-26; 29.1, 12, 35).
O tipo de trabalho abrangido por esta palavra vai desde o trabalho na lavoura (Êx
1.14) até a construção do tabernáculu (Êx 35.24), os reparos no templo (2 Cr 34 13) e o
trabalho em linho fino (1 Cr 4.21). Até mesmo o trabalho divino de julgar é assim
denominado (Is 28.21).
Quando o serviço é oferecido a Deus, ele consistirá em obediência. A execução desse
serviço encontra-se descrita no ritual e na adoração apresentados no AT, por exemplo, nos
sacrifícios trazidos pelo povo (Js 22.27) e no serviço dos levitas e dos sacerdotes (Nm 4.19;
2 Cr 8.14).
Finalmente, existe a “escravidão” de cativos ou pessoas sujeitadas a trabalhos
forçados. Surpreendentemente a palavra refere-se à escravidão de Israel no Egito (Êx
1.14; Ne 5.18; 2 Cr 10.4; Is 14.3). Às vezes também designa o serviço m ilitar (Ez 29.18).
Observe-se que a palavra nao aparece, na liLeratura sapiencial, cm nenhum dos
ensinos éticos acerca do trabalho. Talvez a palavra tenha ficado tão intimamente
associada com a servidão e escravidão, de um lado, e com a adoração, de outro, que o mero
conceito secular de trabalho passou a ser indicado por outros termos, tais com o m'lãkâ
ou p ã ‘a/ ou ainda m a‘ãéeh, embora a referência originária ao trabalho agrícola possa ter
levado a isso. C f os vocábulos “cultura” e “cultivar”.
B ib lio g r a fia : — ALLIS, Oswald T., The unity o f Isaiah, Presbyterian and Reformed,
1950, p. 81-101. — BEECHER, Willis J., The prophets and the prom ise, Baker, 1963, p. 241-
88. — MACVAE, Allan A,. The Servant o f the Lord in Isaiah, BS 121:125-32, 218-27. —
MENDELSOHN, I., On slavery in Alalakh, Israel Exploration Journal 5:65-72. ________,
Slavery in the ancient Near East, BA 9:74-88. — RICHARDüon, tw b , p. 287-8. — R otii, W.
M. W., The Servant o f the Lord, language and interpretation, EQ 131-43. — MURRAY,
John, Principies o f conduct. Eerdmans, 1957, p. 82-106. — IilCHARDSON, A., The Bibíical
doctrine o f work, London, 1952. — TDNT. v. 2, p. 636-52, v. 5, p. 654-77 (que traz uma
longa bibliografia). — ZEVIT, Ziony, The use o f ‘ebed as a diplomatic term in Jeremiah,
JBL 88:74-7.
W.C.K.
rTPOi? 0abdüt). Veja o n°. 1 553e.
1554 (‘õ b â ) s e r esp esso , s e r g o r d o , s e r c o r p u le n to (e.g., 1 Rs 12.10; 2 Cr 10.10).
1068