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DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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1425 *K©3 (nãshá0<br />

Salm os 55.15 [16] apresenta o problem a de com o interpretar o verbo: “que a m orte<br />

cobrc d clcs” (i.e., “a dívida deles com a natureza”; de nãshã’ I) ou “que a m orte venha<br />

repentinam ente sobre eles” (ou "... apanhe-os desprevenidos”; de nãshã’ II, “enganar” ).<br />

É algo bastante claro que essas duas raízes são distintas no hebraico bíblico; nãshã’ I<br />

está associada com um verbo árabe que significa “adiar”, “vender a crédito”, ao passo que<br />

nãshã’ II está relacionada com o árabe “rem over”. Parece que a segunda raiz tam bém é<br />

aparentada de shãw, “im piedade”, “falsidade”, “vaidade”. No entanto, no caso deste par<br />

hom ônim o, pode ter havido um a fusão m orfo-sem ântica.<br />

Um paralelo interessante desta últim a possibilidade é oferecido pela raiz sem ítica<br />

bãdal, bastante com um , que em hebraico bíblico, significa “separar” . Q ualquer que seja<br />

a ligação com o hebraico bíblico, é fácil ver a relação entre o ugarítico bdl, “com erciar”,<br />

com o etiópico (dialeto tigre) badla, “m udar”, “trocar”, “perm utar (m ercadoria)”. Contudo,<br />

nos dialetos tigrinia e am árico, baddala significa “fazer m al a alguém ”, “com eter pecado”,<br />

sendo que um vínculo sem ântico aparente se acha na expressão tigre kanfar badla,<br />

“m udar o lábio” (i.e., quebrar uma prom essa), havendo um interessante cognato árabe<br />

iraniano com o sentido de “m entir” ou “enganar”. E possível que tenha existido uma<br />

relação assim entre as duas raízes nãshã’ em hebraico, em bora isso esteja oculto aos<br />

nossos olhos por falta de indícios em inscrições.<br />

(Quanto a outros tratam entos sobre as perplexidades desta raiz, devem -se consultar<br />

os “Collected W ritings, de E. A. SPEISER, Oriental and B ibíical studies, p. 140, bem com o<br />

KB, que aponta para uma relação com o acadiano rãshü, “crednr”, e com dialetos<br />

aram aicos, nos quais rshy e rsh* possuem sentidos tais com o “reivindicar”, “tom ar um<br />

em préstim o”. Speiser esclarece a prática antiga de usura, m ostrando que do valor<br />

em prestado descontavam -se os juros norm ais e que a “usura” consistia num a segunda<br />

taxa de ju ros cobrada depois que o devedor inadim plente era preso com o escravo. (Cf.<br />

neshek.)<br />

No qal o sentido do particípio pode ser tanto o de “devedor” quanto o de “credor”, o<br />

que é determ inado pelo contexto. O significado de “devedor” tam bém pode ser indicado<br />

com o uso de um objeto preposicionado, com o bi, “contra m im ”. No hifil o sentido é sem pre<br />

o de “extorquir”, “agir com o credor”.<br />

m ã s h s h ã ’. U su ra , d ívid a . (Veja abaixo.)<br />

m a s h s h ã ’â. E m p réstim o , d ívid a . Os dois substantivos derivados podem referir-se tanto<br />

ao em préstim o, à dívida assum ida, quanto aos juros (ou usura) cobrados. N eem ias 10.31<br />

132] acrescenta um a interessante observação processualística, referindo-se ao em préstim o<br />

com o “assum ido com a m ão”.<br />

M .C.F.<br />

1425 (nãshã0 II, ilu d ir, e n g a n a r . Ocorre som ente no nifal e no hifil.<br />

Term os Derivados<br />

1425a<br />

(m ashshã’ôn ) a s tú c ia , d is s im u la ç ã o (Pv 26.26, som ente).<br />

1425b H I O T (m ashshü’ôt) e n g a n o s (Sl 73.18; 74.3).<br />

1008

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