DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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foram colocadas na arca da aliança e de que uma cópia do livro da lei foi colocada ao seu
lado, como testemunho perpétuo da aliança entre Deus e seu povo (Êx 40.20; Dt 31.26).
A lei, bem como a aliança, traz consigo bênçãos e maldições. Aquele que segue seus
preceitos será abençoado (Dt 29.9 181), mas todo aquele que a violar será amaldiçoado (Dt
29.20-21 [19-20]). Obedecer à lei é fonte de vida; torna a vida uma alegria e prolonga os
dias (Dt 6.1-2). De outro lado, sendo um padrão, ela testa Israel para ver se seguirá
completamente a Deus ou não (Dt 8.2; Jz 3.4).
Com freqüência o AT diz que Moisés escreveu a lei e refere-se ao livro da lei ( e .g ., Dt
30.10; 31.9; Js 24.26). Essas referências revelam a importância dada a um código escrito
desde o início da história de Israel. Esse código tornou-se o padrão objetivo a partir do
qual se interpretava a lei (c f. Dt 17.8-11). Além disso, a lei devia ser lida e meditada para
que seus preceitos se tornassem uma parte integrante do estilo de vida do povo (c f. Js 1.7
s.). Era seu livro-guia; mais do que isso, era sua constituição. Israel era um estado
religioso; nessa condição, o documento fundamental que determinava o seu caráter era
a lei dada através de Moisés. Por exemplo, o rei devia ter a sua própria cópia e lê-la todos
os dias de sua vida, para que aprendesse a temer a Yahweh mediante a guarda de todas
as palavras da lei (Dt 17.18-19). Uma vez que a lei escrita era superior ao rei em Israel,
o rei jamais poderia tomar-se um deus ou um inovador religioso. Seu direito de governar
estava subordinado à lei.
Há numerosas referências à lei escrita ou à lei de Moisés nos livros históricos. Por
conveniência e para consulta, podem-se alistar as mais significativas: Deuteronomio 17.18;
28.61; 29.21 [20]; 30.10; 31.9, 24; Josué 1.7, 8; 8.31 s.; 23.6; 1 Reis 2.3; 2 Reis 14.6; 22.8;
23.25; 2 Crônicas 23.18; 30.16; Esdras 3.2; 7.6; Neemias 8.1-2.
O Bem Peculiar dos Sacerdotes
A lei era o bem peculiar dos sacerdotes. Estes deviam ensinar os seus preceitos e
seguir suas regulamentações (Dt 17.8-11; 33.10). Eles eram conhecidos como “os que
tratavam da lei” (Jr 2.8). Mas, infelizmente, o sacerdócio ficou cego e arrogante.
Esqueceram-se de Deus (Os 4.6). Sem dúvida alguma tinham memorizado a lei, mas
deixaram de enxergar suas dimensões espirituais. Em vez disso, transformaram-na num
meio de aumentar o seu próprio poder e riqueza (Ez 22.26; c f S f 3.4). Por esse motivo
Deus mandou seus profetas para chamar o povo de volta à verdadeira observância da lei
(2 Rs 17.13). A tarefa dos profetas era aplicar a lei à sua própria situação. Sua mensagem
baseava-se na lei; eles atacavam a aplicação errada que dela se fazia.
A Lei na Época de Esdras e Neemias
Na comunidade pós-exílica liderada por Esdras e Neemias a lei tomou-se o centro da
vida da comunidade. Os dois líderes atacaram a vida indulgente e egoísta que as pessoas
estavam levando e, mediante o ensino da lei, procuraram fazê-los voltar à verdadeira
adoração de Deus. Esdras fez leitura da lei diante da assembléia e interpretou-a de modo
que o povo entendesse com segurança a sua aplicação (Ne 8.2-8). Ao ouvir a lei, o povo
chorou (Ne 8.9). Mas Neemias e Esdras consolaram o povo e levaram-no a comemorar a
festa dos tabernáculos de acordo com a lei (Ne 8.13-17), conforme Moisés ordenara que
se fizesse (Dt 31.10-11). A lei foi lida a cada dia da festa (Ne 8.18). Depois disso o povo
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