DICIONARIO INTERNACIONAL DO ANTIGO TESTAMENTO

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te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”. Veja também Isaías 41.13;
Salmos 18.35 [36]. Em Isaías 45.1, acerca de Ciro da Pérsia afirma-se que ele é tomado
“pela mão direita”. Entendemos com isso que a mão direita de Ciro foi fortalecida pelo
Senhor.
As Escrituras também reconhecem que o poder da destra de Deus fortaleceu o povo
na conquista de Canaã e, mais especificamente, no santo monte Sião (Sl 78.54). Estar
situado “na destra” de Deus é especificamente indicado em Salmos 16.11 como estar num
lugar onde pessoas piedosas experimentam prazeres e alegrias eternos. O vocábulo
também é usado escatologicamente para designar o trono do Messias, “Disse o SEN H O R
ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo
dos teus pés” (Sl 110.1). Isso começa a ter cumprimento na ascensão de Cristo, conforme
assinalado por Pedro em Atos 2.33-35: “Exaltado, pois, à destra de Deus.” Com referência
à segunda vinda de Cristo, afirma-se que ele fará separação entre ovelhas e cabritos (Mt
25.33, “porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda”), declarando àqueles
à sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai! entrai na posse do reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo” (v. 34). Isso acrescenta uma nova dimensão ao
significado de Salmos 16.11, mencionado acima. Respondendo ao sumo sacerdote na noite
de sua traição, Jesus disse: “[eul vos digo que vereis em breve o Filho do homem
assentado à direita do Poder” (IBB, Mt 26.64). Ao citar Salmos 110.1, Jesus demonstra
claramente a onipotência divina mediante o acréscimo tés dunameõs, “do poder” (cf. a
visão que Estevão tem do CrÍ3to exaltado, em At 7.55).
Em função locativa yãmin é usado na expressão “qual muro à sua direita e à sua
esquerda” (Ex 14.22, 29); também é usado com significado direcional, como em
Deuteronômio 2.27: “Deixa-me passar pela tua terra; ... não me desviarei nem para a
direita nem para a esquerda.” Esse emprego direcional também pode expressar
figuradamente a possibilidade de afastamento moral e espiritual da lei de Deus (Dt 17.11,
20; Js 1.7; 23.6, etc.). Usa-se yãmin também em referência a outras partes do corpo, por
exemplo, o ombro, a coxa.
Finalmente, yãmin é traduzido como “sul”, uma vez que, olhando para o oriente, a
mão direita fica para o sul. Observe-se especialmente Salmos 89.12 [13], tsãpôn ufyãmin,
na fraee “O Norte e o Sul, tu os criaste”. O Iêmen, país no sul da Arábia, mostra ainda
hoje em seu nome este sentido de “sul”.
É interessante observar que o ugarítico ymn é um cognato exato, em que a única
exceção é a noção escatológica acerca do Messias. Deve-se assinalar que, pela maneira
egípcia de se orientar, era necessário “olhar rio [Nilo] acima (desse modo ‘direita =
ocidente’)” (UT 19: n? 411).
têm ãn. I. Sul, na direção sul, vento sul (lit., “o que está do lado direito [como quando
alguém olha para o oriente]”).
Usada com maior freqüência (mais de 100 vezes) para designar o Neguebe, que é a
palavra m ais comum, têmãn é, muitas vezes, usada poeticamente, conforme observado
em BDB. Jó 39.26 fala do falcão que atravessa o céu, “estendendo as asas para o sul”. Jó
9.9 menciona “o Órion, o Sete-estrelo e as recâmaras do sul”. Zacarias 9.14 fala dos
“redemoinhos [ou ventanias] do sul”. Associado a isso, Asafe refere-se ao controle soberano
de Deus sobre o “vento do Oriente” e acrescenta que, “pelo seu poder, conduziu o vento
sul”, enquanto trazia as codoraizes e o maná para os israelitas, que recentemente haviam
sido redimidos do Egito (Sl 78.26). Cf. Cantares 4.16.
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